Mesmo com aumento do Auxílio, Lula segue liderando intenções de voto

Mais de uma semana depois do início dos pagamentos do Auxílio Brasil turbinado, o ex-presidente Lula (PT) segue liderando as intenções de voto

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição começou oficialmente nesta terça-feira (16), com um clima um pouco pesado. Ao menos é o que indicam as informações de bastidores. O motivo do abatimento é a nova pesquisa Ipec que aponta 12 pontos de diferença para o ex-presidente Lula (PT).

A diferença continua deste tamanho mesmo depois do início dos pagamentos turbinados do Auxílio Brasil. Desde a última terça-feira (9), 20 milhões de brasileiros estão recebendo R$ 600 por família. Trata-se, portanto, de um adicional de R$ 200 em relação ao que se recebia nos meses anteriores.

Internamente, membros do Palácio do Planalto diziam que a expectativa era de que o presidente passasse a liderar a corrida presidencial já a partir de junho. A previsão passou para julho, e depois passou para agosto, com o início dos pagamentos dos R$ 600 do Auxílio Brasil. Até agora, no entanto, nenhuma movimentação foi captada pelas pesquisas.

De toda forma, aliados do presidente acreditam que o jogo não está perdido. Em off, alguns deles afirmam que a nova pesquisa Ipec mostra que Lula terá dificuldades de vencer a disputa no primeiro turno. Assim, o presidente Jair Bolsonaro poderia contar com mais tempo para convencer o eleitorado a mudar de lado nessa disputa.

Também há a avaliação de que é preciso esperar mais um tempo para que o aumento do Auxílio Brasil para a casa dos R$ 600 surta efeito nas pesquisas. Vale lembrar que nem todos os grupos de usuários começaram a receber o novo benefício ainda. Boa parte dos indivíduos ainda aguarda pela liberação do dinheiro.

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Auxílio em ano eleitoral

O Governo Federal contou com apoio de aliados e até da oposição no Congresso Nacional para aprovar a chamada PEC dos Benefícios. Entre outros pontos, o texto libera R$ 41 bilhões para que o poder executivo aplique em seus auxílios sociais.

Em tese, o Governo Federal não poderia pagar novos benefícios em ano de eleições. A Lei Geral Eleitoral do país considera que a prática poderia configurar compra de votos. Contudo, a PEC aprovada apresenta um dispositivo de estado de emergência.

Ao acionar o botão, o Governo fica livre para gastar o dinheiro como quiser, inclusive pagando novos benefícios sociais. Além disso, o texto da PEC também libera o poder executivo para desrespeitar o chamado teto de gastos públicos.

Além dos aumentos do Auxílio Brasil e do vale-gás nacional, o Governo Federal também iniciou os pagamentos de programas novos. São os casos do Pix Caminhoneiro, e também do auxílio-taxista, que está sendo iniciado justamente nesta terça-feira (16).

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