Auxílio Brasil: pagamentos reduziram pobreza, diz estudo do Ipea

De acordo com novo estudo do Ipea, pagamentos do Auxílio Brasil farão pobreza do Brasil diminuir nos próximos meses

Um novo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a expectativa é de que a extrema-pobreza caia no Brasil até o fim do ano de 2022. A pesquisa tem o nome de “Expansão do Auxílio Brasil: Uma reflexão Preliminar” e já está publicada oficialmente. O documento analisa o impacto do programa na sociedade.

Os dados da pesquisa foram divulgados pelo Ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, durante uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (17). Ele estava ao lado do presidente do Instituto, Erick Figueiredo. A apresentação dos números aconteceu um dia depois do início da campanha eleitoral no Brasil.

“O Auxílio Emergencial do Governo Federal teve papel estratégico para mitigar efeitos sociais e econômicos da pandemia de Covid-19, além de conectar o programa permanente de transferência de renda do Ministério da Cidadania com indicadores de melhoria do mercado formal de trabalho”, diz nota publicada no site do Ministério da Cidadania.

O estudo concluiu que houve uma maior geração de empregos formais e que este aumento teve relação com os repasses do Auxílio Brasil. Os dados apontam que houve a criação de 365 postos de trabalho para cada mil famílias que entraram na folha de pagamentos do programa social nos últimos meses.

“O estudo técnico mostra uma evolução da política de transferência de renda em nosso país. O Auxílio Brasil vem com uma mudança de conceito em termos de proteção social. Procuramos trazer uma assistência social voltada à autonomia das famílias”, disse Ronaldo Bento na entrevista coletiva concedida para jornalistas.

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O Auxílio Brasil

O Auxílio Brasil foi criado para tapar o buraco do antigo Bolsa Família, que fez pagamentos até outubro do ano passado. A nova versão do projeto social é notadamente maior tanto no valor, como também na quantidade de usuários.

No último mês de julho, o Congresso Nacional aprovou a chamada PEC dos Benefícios. Trata-se do texto que liberou R$ 41 bilhões para que o Governo Federal turbinasse os seus programas sociais já a partir deste mês de agosto.

Especificamente sobre o Auxílio Brasil, o poder executivo aumentou os valores dos pagamentos de R$ 400 para R$ 600. Além disso, eles também elevaram o número de usuários do programa. Hoje, estima-se que mais de 20 milhões de pessoas estejam aptas ao recebimento.

O aumento do Auxílio Brasil neste segundo semestre somente tem validade até o final deste ano de 2022. Em tese, o próximo governo, seja ele comandado por Bolsonaro ou não, pode aprovar uma nova lei para mudar a regra. Entretanto, as normas atuais indicam que o aumento acaba em dezembro.

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