Auxílio de R$ 1,2 mil para mães solo volta ao radar

De olho no eleitorado mais pobre e no público feminino, campanhas apostam em propostas de mudanças no programa Auxílio Brasil do Governo Federal

A partir do próximo ano, o Auxílio Brasil do Governo Federal poderá se tornar um programa mais voltado às mulheres. Nesta campanha presidencial, alguns candidatos estão prometendo pagar adicionais e até mesmo dobrar valores para este público. As propostas ainda não estão oficializadas.

A campanha do ex-presidente Lula (PT) é a que mais foca em manter o apoio deste público. Nos últimos dias, o candidato vem dizendo que poderá elevar os valores de R$ 600 para R$ 1,2 mil, além de pagar um adicional de R$ 150 por cada filho menor de seis anos de idade.

Entrevista

Nesta semana, um dos representantes da ala econômica da campanha do PT, Guilherme Mello, participou de uma sabatina promovida pelo site Infomoney. Na ocasião, o economista disse que Lula deve fazer mudanças na divisão dos pagamentos, além de manter o Auxílio de R$ 600 para o público em geral, caso seja eleito.

“O Auxílio Brasil, programa criado pelo atual governo, tem um problema de desenho, porque um homem solteiro recebe o mesmo valor que uma mulher com 3 filhos. É óbvio que há uma injustiça aqui”, disse o economista.

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“Então, não é uma questão de acabar com o programa, mas de melhorar o desenho, para ele se tornar mais efetivo no objetivo de combater a pobreza e a fome e garantir um nível de cidadania justo a todos os brasileiros e brasileiras”, seguiu ele.

“O Auxílio Brasil é um programa mal desenhado, porque gera injustiças. Precisamos valorizar a primeira infância, pagando um adicional por filho, para que as mães com filhos tenham condições de sustentar e educar esses filhos”, seguiu.

“Precisamos retomar os incentivos que existiam no Bolsa Família: a criança frequentar a escola, vacinar-se. Hoje, a cobertura da vacinação de poliomielite no Brasil caiu drasticamente, sendo que a paralisia infantil tem voltado, inclusive nos Estados Unidos”, completou ele.

Auxílio Brasil

A campanha de Lula não é a única que promete fazer mudanças no Auxílio Brasil. O ex-ministro Ciro Gomes, que concorre pelo PDT, afirma que poderá criar uma espécie de renda básica universal que pagaria R$ 1 mil por mês.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) vem dizendo que também poderá fazer mudanças no Auxílio Brasil. Contudo, o foco dele estaria na questão da porta de saída. O candidato, que disputa a reeleição, indica que poderia pagar um adicional de R$ 200 para os usuários que conseguirem um emprego formal.

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