Auxílio Brasil: Lula vence em cidades mais atendidas por benefício

Dados do TSE mostram que Lula de saiu melhor na votação oficial do primeiro turno nas cidades que são relativamente mais atendidas pelo Auxílio Brasil

O ex-presidente Lula (PT) venceu na maioria das cidades do país que são relativamente mais atendidas pelo programa Auxílio Brasil, do Governo Federal. De acordo com as informações oficiais, o petista ganhou com certa facilidade entre o público que recebe a ajuda do governo do presidente Jair Bolsonaro (PT).

Quando se considera apenas as cidades em que mais de 3/4 das famílias recebem o Auxílio Brasil, o presidente Jair Bolsonaro obteve 24% das intenções de voto. Já Lula somou 71% nestas mesmas localidades. A disparidade acontece mesmo depois do aumento no valor do programa, que está valendo desde o mês de agosto.

Originalmente, o Auxílio Brasil é um projeto do Governo Federal que faz pagamentos de R$ 400 mínimos por família. Em julho, o Congresso Nacional aprovou a chamada PEC dos Benefícios, que permitiu que o saldo subisse para a casa dos R$ 600 mínimos.

Embora não diga publicamente, a campanha do presidente Jair Bolsonaro contava com o aumento do Auxílio Brasil para poder conquistar os votos dos eleitores mais pobres. Antes das eleições, as pesquisas indicavam que este público estava mais propenso a votar em Lula. O resultado do TSE comprovou esta tendência.

De toda forma, é importante lembrar que não é possível cravar que o bom desempenho de Lula nas cidades que mais recebem o Auxílio Brasil, tenha de fato relação com o benefício. É preciso considerar, por exemplo, o índice de desenvolvimento humano, de desemprego e de pobreza nestas regiões também.

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Auxílio Brasil

A tendência natural é que o Auxílio Brasil siga sendo um dos temas mais recorrentes nas eleições presidenciais neste segundo turno. Do lado de Bolsonaro, a insistência com este público vai seguir.

Nesta semana, por exemplo, o presidente já anunciou que deve manter o valor de R$ 600 para o próximo ano. Ele disse ainda que poderá pagar um 13º para mulheres que fazem parte do programa, caso seja reeleito.

Do lado do ex-presidente Lula (PT), segue a indicação de que ele também poderá manter os R$ 600 no próximo ano. No mais, há um ponto importante em toda essa história: o PT conseguiu o apoio do PDT neste segundo turno.

O que isto significa? No acordo entre os dois partidos, o PDT indicou ao PT a proposta de Ciro Gomes, que indica a criação de uma renda básica universal de R$ 1 mil por pessoa pobre. O projeto seria chamado de Eduardo Suplicy, e teria que começar a valer em janeiro de 2023, em caso de eleição de Lula.

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