Auxílio de R$ 600: qual a diferença entre uma MP e uma PEC

Governo eleito ainda não decidiu se pode pagar o Auxílio de R$ 600 por meio de uma PEC ou de uma Medida Provisória (MP). Entenda a diferença

O Auxílio Brasil do Governo Federal poderá cair de valor a partir de 2023, caso o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não consiga mudar a legislação vigente. Desde a última semana, dezenas de reuniões foram feitas para tentar encontrar um caminho mais tranquilo para manter o saldo na casa dos R$ 600.

Depois de uma série de reuniões, o governo eleito chegou à conclusão de que dois caminhos são possíveis para manter o Auxílio em R$ 600. Um deles é a aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), e o outro é a assinatura de uma Medida Provisória (MP). Mas qual é a diferença entre os dois pontos?

Uma PEC é uma proposta que prevê uma mudança na Constituição Federal. É uma alteração que precisa necessariamente de uma permissão do Congresso Nacional. Por este caminho, Lula teria que convencer três quintos da Câmara dos Deputados e três quintos do Senado Federal para conseguir avançar com a ideia.

Já uma MP tem força de lei assim que é assinada pelo presidente. A ideia aqui é que Lula assine o documento que libera um crédito extraordinário para os pagamentos do benefício social. Por este caminho, não é necessária uma aprovação por parte do Congresso Nacional. Uma simples assinatura já resolve o problema.

Em tese, a MP parece ser um caminho mais simples do que a PEC. Isto é verdade, mas aliados de Lula avaliam também que uma MP poderia distanciar o presidente do Congresso Nacional logo no primeiro ato. Isso porque ele estaria tomando uma decisão sem consultar os parlamentares.

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Oposição deve aprovar Auxílio

Informações de bastidores colhidas pela emissora GloboNews indicam que Lula não deverá ter dificuldades para aprovar a manutenção do Auxílio Brasil na casa dos R$ 600 no Congresso.

A avaliação interna é de que os parlamentares não teriam coragem de votar contra o aumento do valor do Auxílio Brasil, ou mesmo contra o aumento real do salário mínimo para o próximo ano, mesmo porque estas são medidas populares.

Em entrevista nesta segunda-feira (7), o governador reeleito do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL), disse que a oposição não deve “trabalhar para prejudicar o país”, e lembrou que boa parte das promessas de Lula para o Auxílio Brasil também foram feitas por Jair Bolsonaro na campanha.

“O que a gente tem ouvido no PL é que precisamos fazer uma oposição responsável. Eu creio que o presidente Jair Bolsonaro será o líder desta oposição, mas fazendo uma oposição responsável e não prejudicando o país porque está fazendo oposição”, disse ele. “É isso que a gente tem conversado muito com os parlamentares”, disse ele.

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