Salário mínimo de R$ 1.320 depende do orçamento, diz Ministro

Salário mínimo de R$ 1.302 até pode ser elevado para R$ 1.320 a partir de maio, mas movimento só vai acontecer se houver espaço fiscal no orçamento

Atualmente, o valor do salário mínimo nacional é de R$ 1.302, mas ainda existe a possibilidade de o número ser elevado para a casa dos R$ 1.320. Ao menos é o que afirma o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT). Em conversa com jornalistas, ele disse que o novo reajuste ainda está em discussão.

De todo modo, Marinho deixou claro que um novo aumento para a casa dos R$ 1.320 só deverá acontecer caso exista espaço fiscal para este movimento. O Ministro do Trabalho afirma que o Governo não deverá aplicar aumentos que possam quebrar o teto de gastos públicos este ano.

Neste sentido, Marinho disse que existe a possibilidade de um aumento do salário mínimo para um patamar um pouco menor, como R$ 1.310 ou R$ 1.315. Em todos os casos, uma nova elevação só deverá ser anunciada em maio. Até lá, segue valendo os R$ 1.302 que já estão em vigor hoje.

De toda forma, o fato é que as chances de aumento para R$ 1.320 ganharam força nos últimos dias. Segundo informações de bastidores, até mesmo Fernando Haddad (PT),  Ministro da Fazenda que antes era contrário ao novo aumento, vem sinalizando internamente que deverá aplicar a mudança.

Para tanto, ele e a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) afirmam que será necessário realizar uma série de cortes em outras áreas para garantir estes pagamentos turbinados do salário mínimo. Até mesmo o Bolsa Família está na mira.

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Salário mínimo x Bolsa Família

Neste momento, o Governo Federal segue realizando o processo de pente-fino nas contas dos usuários do Bolsa Família. É possível que ao menos uma parte destes beneficiários seja excluído do projeto social nas próximas semanas.

O Governo espera que esta exclusão naturalmente se transforme em economia. Ao todo, a equipe econômica do governo Lula avalia que poderá conseguir a liberação de até R$ 13 bilhões depois da conclusão do processo e pente-fino do Ministério do Desenvolvimento Social.

Apenas este montante já será suficiente para bancar o aumento do salário mínimo para a casa dos R$ 1.320 a partir de maio. Nas contas do Ministro da Fazenda, seria possível realizar estes pagamentos a um custo adicional de R$ 5 bilhões.

Trata-se de um patamar notadamente menor do que aquele que estava sendo previsto inicialmente. O Governo poderia ter que gastar até R$ 7,7 bilhões adicionais,  caso os pagamentos turbinados tivessem começado em janeiro deste ano.

Vale lembrar que o valor atual de R$ 1.305 já representa um aumento real do salário mínimo. Trata-se de uma elevação de 7,4% em relação aos R$ 1.212 do ano passado.

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