Governo propõe aumento de até R$ 168 no salário e surpreende categorias

Veja o que se sabe sobre a nova proposta de aumento do salário mínimo regional, e como a lei pode impactar a sua categoria trabalhista neste momento
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O governo do Rio Grande do Sul protocolou, nesta segunda-feira (26), na Assembleia Legislativa, o Projeto de Lei 185/2025, que prevê um reajuste de 8% no salário mínimo regional. 

A proposta, enviada em regime de urgência, atualiza os valores das cinco faixas salariais vigentes no estado, com impacto direto em trabalhadores sem convenção ou acordo coletivo, especialmente os que atuam na informalidade.

Caso aprovado, o novo piso terá valores entre R$ 1.789,04 e R$ 2.267,21. A data-base para aplicação é 1º de maio, e os reajustes entram em vigor após a publicação da nova lei.

O que diz o governo do estado

A justificativa apresentada ao Legislativo destaca que a medida busca equilibrar a valorização do trabalho com a competitividade do mercado local. 

O texto também menciona o estímulo à retomada de empregos formais, especialmente em setores tradicionalmente com baixa remuneração.

A título de comparação, o salário mínimo nacional foi reajustado em 7,5% no início deste ano.

Por que salário mínimo regional é importante? 

O piso regional é usado como referência para trabalhadores que não são contemplados por convenções coletivas, servindo como proteção legal para quem atua, por exemplo, como doméstico, motoboy ou auxiliar em condomínios. 

Com a atualização, categorias de base devem sentir diretamente o impacto positivo no orçamento.

A lista de valores do salário

Sem mais delongas, vamos indicar abaixo os novos valores propostos para o salário mínimo regional do Rio Grande do Sul:

Faixa 1: R$ 1.789,04

  • Agricultura e pecuária
  • Indústrias extrativas
  • Empresas pesqueiras
  • Empregados domésticos
  • Turismo e hospitalidade
  • Indústrias da construção civil
  • Indústrias de instrumentos musicais e brinquedos
  • Estabelecimentos hípicos
  • Motoboys (transporte de documentos e pequenos volumes)
  • Empregados em garagens e estacionamentos

Faixa 2: R$ 1.830,23

  • Indústrias do vestuário e calçado
  • Fiação e tecelagem
  • Artefatos de couro
  • Papel, papelão e cortiça
  • Distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas
  • Bancas e ambulantes de jornais e revistas
  • Administração de empresas jornalísticas
  • Estabelecimentos de serviços de saúde
  • Serviços de limpeza e conservação
  • Empresas de telecomunicações (incluindo call centers e telemarketing)
  • Hotéis, restaurantes, bares e similares

Faixa 3: R$ 1.871,75

  • Indústrias do mobiliário
  • Indústrias químicas e farmacêuticas
  • Indústrias cinematográficas
  • Indústrias da alimentação
  • Comércio em geral
  • Agentes autônomos do comércio
  • Exibidoras e distribuidoras cinematográficas
  • Movimentadores de mercadorias
  • Comércio armazenador
  • Auxiliares de administração em armazéns gerais

Faixa 4: R$ 1.945,67

  • Indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico
  • Indústrias gráficas
  • Indústrias de vidro, cerâmica e porcelana
  • Artefatos de borracha
  • Seguros e capitalização
  • Agentes autônomos de seguros e crédito
  • Empregados em edifícios e condomínios
  • Indústrias de joalheria e lapidação
  • Auxiliares em administração escolar
  • Entidades culturais, recreativas e de assistência social
  • Profissionais da navegação fluvial e portuária (diversos cargos)
  • Vigilantes
  • Marítimos do 1º grupo de aquaviários (todos os níveis)

Faixa 5: R$ 2.267,21

  • Técnicos de nível médio, com formação integrada, subsequente ou concomitante

Prazo para a votação

Caso a Assembleia não vote o projeto em até 30 dias, a proposta começará a trancar a pauta de deliberações. 

A expectativa, no entanto, é que o texto avance com celeridade, dada a urgência e o impacto social da medida.

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