Bolsa Família: Governo contemplará 188 mil pessoas nascidas fora do país

Esse dados sobre a população estrangeira foi revelado pelo IBGE em junho e corresponde à situação demográfica de 2022
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O governo federal destinou R$ 1,5 bilhão do Bolsa Família em 2024 a indivíduos que nasceram fora do Brasil, conforme informações obtidas através da Lei de Acesso à Informação.

No ano de 2025, o programa contemplará 188 mil pessoas nascidas fora do país, embora residam nele. Esses repasses beneficiam um total de 404.519 indivíduos, o que representa 40% dos aproximadamente 1 milhão de estrangeiros que habitam o Brasil.

Esse dados sobre a população estrangeira foi revelado pelo IBGE em junho e corresponde à situação demográfica de 2022. Não existem atualizações mais recentes.

Os benefícios são concedidos a estrangeiros que estão regularizados; aqueles que estão ilegalmente no país não têm acesso. Em 2024, o investimento no programa alcançou R$ 168 bilhões.

O total de nascidos fora do Brasil que recebem o auxílio cresceu 627% na última década. O número subiu de 59.980 para 404.519 em 2024. No mesmo período, o montante médio recebido aumentou 1.103%, já considerando a inflação.

Essa elevação é atribuída à ampliação do programa durante a pandemia e às mudanças implementadas pelo novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

Desde que Lula reassumiu a presidência em 2023, os gastos com o Bolsa Família para estrangeiros aumentaram em 159%. Os valores eram de R$ 590 milhões, corrigidos pela inflação, e em 2024 subiram para R$ 1,5 bilhão.

O IBGE revelou que, pela primeira vez desde 1960, o Brasil registrou um aumento no número de estrangeiros residentes no país. O total saltou de 600 mil em 2010 para 1 milhão em 2022, que foi o último ano de contagem.

A maioria desses imigrantes são venezuelanos. A diferença entre esses números se aproxima do total de beneficiários do programa.

Dados

O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que administra o pagamento do programa, informou que o sistema do CadÚnico, essencial para a concessão do benefício, não registra a nacionalidade dos beneficiários – somente se a pessoa nasceu no Brasil ou não.

Não há distinção entre o reduzido grupo de filhos de brasileiros nascidos no exterior que retornaram ao Brasil em extrema pobreza e os demais estrangeiros.

Assim sendo, o governo não possui informações sobre a quantidade de beneficiários de cada nacionalidade.

A legislação brasileira permite que estrangeiros com residência regular acessem o Bolsa Família sem a exigência de um tempo mínimo de permanência no país.

Isso é diferente de nações ricas, como a Suíça, que impõem um período de espera de até 10 anos para que estrangeiros legalizados tenham direito a benefícios sociais.

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