Auxílio-gás passa por mudança radical: entenda todas as alterações

Auxílio-gás deixa de ser pago em dinheiro e será entregue em botijões nas revendedoras credenciadas. Veja quem tem direito, e como retirar
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Milhões de famílias brasileiras terão uma novidade importante no Auxílio-gás. O benefício, que até agora era creditado em dinheiro, vai passar a ser entregue de uma forma bem diferente. 

A mudança foi anunciada nesta quinta-feira (4), em um evento realizado pelo presidente Lula na maior favela de Belo Horizonte.

No novo modelo, o valor não cairá mais na conta dos beneficiários. Em vez disso, as famílias poderão retirar diretamente o botijão de gás em pontos de revenda credenciados, através de um sistema de vouchers. 

O governo afirma que a alteração busca dar mais transparência ao processo e ampliar o número de atendidos.

Quem terá direito ao Auxílio-gás? 

De acordo com a medida provisória, o acesso ao benefício será garantido para famílias cadastradas no Cadúnico, com renda de até meio salário mínimo por pessoa. 

A quantidade de botijões vai depender do tamanho da família:

  • Até 2 integrantes: direito a 3 botijões por ano;
  • 3 integrantes: até 4 botijões por ano;
  • 4 pessoas ou mais: até 6 botijões por ano.

Como será feita a retirada do benefício? 

O governo estabeleceu diferentes formas de autorização para facilitar o acesso:

  • Por meio de aplicativo oficial (ainda a ser lançado);
  • Uso de um cartão específico do programa;
  • Emissão de vale em lotéricas ou agências da Caixa;
  • Utilização do cartão do Bolsa Família.

Quando começa a valer? 

A mudança será implementada de forma gradual. A previsão é que os primeiros botijões passem a ser entregues já em novembro. 

Segundo o governo, a meta é ambiciosa: triplicar o número de beneficiários, passando de 5 milhões para mais de 15 milhões de famílias até março de 2026.

O que dizem os especialistas sobre o novo Auxílio-gás? 

Para o presidente do Sindigás, Sérgio Bandeira de Mello, o desafio estará na implementação tecnológica. 

Ele destacou que será preciso corrigir eventuais falhas e fraudes que possam aparecer, mas ressaltou que isso faz parte de qualquer processo de implantação de um programa em larga escala.

E o que muda no Bolsa Família?

A resposta é simples: nada. O Bolsa Família continua funcionando com as mesmas regras já conhecidas. Entre elas:

  • Renda per capita máxima de R$ 218 por pessoa para ingresso no programa;
  • Garantia de valor mínimo de R$ 600 por família;
  • Benefício adicional de R$ 150 por criança até 6 anos;
  • Acréscimo de R$ 50 para crianças e adolescentes de 7 a 18 anos e para gestantes.

Ou seja, a alteração anunciada atinge apenas o Auxílio-gás, enquanto o Bolsa Família segue sem mudanças.

Em caso de dúvidas específicas sobre a sua situação, a dica é entrar em contato com o CRAS mais próximo. 

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