Lula volta a defender usuários do Bolsa Família: “Ninguém quer viver de favor”

Em evento, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender os usuários que fazem parte do programa Bolsa Família
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Durante a cerimônia de expansão da fábrica da Novo Nordisk, em Montes Claros (MG), nesta terça-feira (8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender os usuários do programa Bolsa Família.

O maior programa de transferência de renda do país atende pouco mais de 20 milhões de pessoas de acordo com as informações oficiais. A média de pagamentos por família gira em torno dos R$ 680 por mês.

Os números em questão estão gerando uma série de críticas nas redes sociais. Até mesmo políticos mais ligados à direita começam a argumentar que muito dinheiro estaria sendo gasto com o Bolsa Família, e pouco estaria sendo feito para aumentar os empregos.

O que disse Lula sobre o Bolsa Família

Sobre este assunto, Lula defendeu o papel do Bolsa Família como uma ajuda temporária e não como um modelo de vida.

“Não tem nada mais dignificante na vida de uma mulher ou de um homem, solteiro ou casado, do que trabalhar e, com o exercício de seu trabalho, ele, no final do mês, levar para sua casa o dinheiro para sustentar sua família, para sustentar sua mãe, para sustentar sua avó, ou seja, para ter o que comer com o seu suor”, disse o presidente.

“Ninguém quer viver de favor, ninguém quer viver apenas recebendo o Bolsa Família. O Bolsa Família é um programa até que as pessoas consigam sobreviver por conta própria, ter um emprego e a gente vai tentar resolver o problema da pobreza nesse País”, completou ele.

Desigualdade social

No mesmo evento, o presidente Lula voltou a falar sobre a questão do combate à desigualdade social. Esta, aliás, foi uma das suas principais promessas de campanha nas últimas eleições. 

Segundo ele, a economia cresce mais quando o dinheiro circula nas mãos de muitos, e não quando está concentrado em poucos bolsos.

“Muito dinheiro na mão de poucos significa miséria, mas pouco dinheiro na mão de muitos significa desenvolvimento, crescimento econômico e distribuição de renda”, disse o presidente.

Para ilustrar, ele propôs uma comparação com um milhão de reais:

“Se você pegar R$ 1 milhão e der para uma pessoa só, ele ia correr para um banco, iria abrir uma conta ou talvez até aplicar a própria Tesouro Nacional, porque o juro está alto, e ele iria sozinho receber 14,5% ao ano de juros.”

Em seguida, descreveu o que poderia acontecer se esse valor fosse dividido entre várias pessoas:

“Todo mundo ia para o supermercado comprar alguma coisa, ou ia para o bar tomar uma cervejinha, ou ia tomar um café a mais, ou ia comer um lanche a mais, ou ia comprar um chinelo para a filha, ou um caderno para o filho, ou seja, esse dinheiro iria circular na mão de todo mundo”, diss ele.

“Ele ia para o comércio, o comércio iria vender, o comércio iria incomodar mais da indústria, que iria produzir mais e o comércio gerava emprego, a indústria gerava emprego e todo mundo ganharia.”

“Porque o que faz uma economia ser importante é o dinheiro circulando na mão de todas as pessoas e não apenas na mão de meia dúzia de pessoas”, completou o presidente.

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