Plataformas de apostas e jogos e os impactos no crédito e renda

Brasileiros gastaram R$ 68 bilhões em apostas online, e 1,3 milhão estão inadimplentes, de acordo com pesquisa da CNC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que as plataformas de apostas e jogos online estão levantando preocupações sobre possíveis impactos negativos na qualidade do crédito e na renda das pessoas.

Ele também afirmou que houve um aumento de mais de 200% no valor transferido pelos jogadores para essas empresas via Pix desde janeiro.

Brasileiros gastaram R$ 68 bilhões em apostas online, e 1,3 milhão estão inadimplentes, de acordo com pesquisa da CNC. Muitas pessoas de baixa renda, incluindo beneficiários do programa Bolsa Família, estão apostando.

Estamos preocupados com a possibilidade de a qualidade do crédito piorar devido ao alto comprometimento. Temos fornecido dados para ajudar o governo e o Congresso, pois o crescimento é significativo. A ligação entre beneficiários do Bolsa Família, pessoas de baixa renda, e o aumento das apostas é significativa.

Conseguimos identificar a quantidade de Pix nessas plataformas, e houve um grande crescimento desde janeiro.

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O ticket médio aumentou mais de 200%. Isso é algo que chama atenção e esperamos que tenha impacto na inadimplência, já que os dados de crédito superaram as expectativas da autoridade monetária.

O varejo se reuniu com Alckmin para pedir o fim do cartão de crédito nas apostas, como parte da luta contra as apostas ilegais.

Celso Sabino afirma que a regulamentação de jogos de azar no Brasil criará novos polos turísticos. Na conferência do Banco Safra em São Paulo, Campos Neto falou sobre a preocupação com a inflação no Brasil, devido ao crescimento econômico acima do esperado e ao mercado de trabalho aquecido.

O Banco está analisando o impacto do desemprego baixo na inflação, e há indícios de que está começando a influenciar. O Banco Central está preocupado com as expectativas de inflação. As vendas ainda estão acima da meta.

O prêmio de risco aumentou devido a preocupações com transparência. Ele observou que os dados do mercado de trabalho têm gerado debates sobre a taxa de desemprego de equilíbrio, índice que o mercado errou em medir algumas vezes. Além disso, de acordo com Campos Neto, o crescimento do Brasil está ligeiramente acima do potencial atualmente.

O presidente afirmou que espera uma redução nos gastos, em parte por causa do arcabouço fiscal. Após o aumento da taxa Selic, analistas acreditam em um novo ciclo de alta de juros e na determinação do Banco Central em combater a inflação. Nos últimos tempos, houve um aumento nos prêmios de risco, especialmente nas taxas longas.

Campos Neto argumentou que isso estava relacionado a preocupações com a transparência dos dados, não ao aumento das despesas. Precisamos usar dados como entrada em nossos modelos para entender o processo de convergência da inflação.

A estrutura em si impõe uma redução no orçamento, mesmo que não queiramos admitir, mas sabemos que os gastos vão diminuir. Recentemente, um novo prêmio de risco foi introduzido, baseado não na trajetória de gastos, mas na transparência dos números fiscais. Campos Neto concluiu que o mercado exagerou em relação à agenda fiscal.

O governo divulgou recentemente seu relatório bimestral, que atualiza as previsões de receitas e despesas no orçamento. Foi liberado parte dos R$ 15 bilhões congelados em julho, totalizando R$ 1,2 bilhão em gastos, causando impacto negativo no mercado financeiro.

Essa alteração no orçamento federal surge devido ao aumento da arrecadação, mesmo com o aumento dos gastos.

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