Beneficiários do CadÚnico X Oportunidades de emprego

O público atendido pelo Cadastro Único foi responsável por uma boa parte do saldo positivo de 431.995 empregos criados no Brasil em fevereiro de 2025, totalizando 253.044 novas oportunidades, o que representa 58,6% do montante.

Dados coletados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que esse total significa um crescimento de 40,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No contexto do Cadastro Único, o Programa Bolsa Família se destacou na criação de vagas, com 171.383 empregos gerados (67,7% entre os inscritos no Cadastro Único e 39,7% do total).

Por outro lado, os cidadãos registrados no Cadastro Único que não recebem o Bolsa Família contribuíram com 81.661 novas posições (32,3% do total do Cadastro Único e 18,9% do total geral).

Em relação aos não inscritos no Cadastro Único, fevereiro teve um saldo de 178.951 novos empregos (41,4% do total).

Rafael Guerreiro Osorio, secretário de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), enfatiza a importância do novo sistema do Cadastro Único para o acompanhamento dessa situação.

“O novo Cadastro Único integra dados do DataPrev com outras informações sociais, permitindo monitorar a entrada e saída dos beneficiários dos programas sociais no mercado de trabalho de forma automática, através do e-Social”, explica.

Osorio também sublinha o papel do Bolsa Família em promover a formalização do trabalho.

“Pouca gente sabe, mas o Bolsa Família possui a Regra de Proteção. Ela garante que, ao conseguir um emprego formal e aumentar a renda familiar por pessoa, o beneficiário possa continuar recebendo parte do benefício por um período.”

E continuou: “Queremos incentivar o trabalho, dando segurança para que essa transição ocorra de forma gradual”, afirma Osorio.

Acumulado entre janeiro e fevereiro de 2025

Nos primeiros dois meses de 2025, o Brasil gerou um total de 574.480 novas vagas de emprego, refletindo um crescimento de 19,5% em comparação ao mesmo período de 2024.

O Cadastro Único foi responsável por 384.707 empregos (67% do total), dos quais 273.739 (71,2% dos inscritos no Cadastro Único e 47,6% do total) foram destinados a beneficiários do Bolsa Família, enquanto 110.968 (28,8% do público do Cadastro Único e 19,3% do total) foram para os demais inscritos.

Para aqueles fora do Cadastro Único, o número acumulado de empregos nos primeiros dois meses do ano chegou a 189.773 (33% do total).

Rafael Osorio ressalta que a integração de dados e as novas plataformas possibilitam um monitoramento mais eficaz das famílias, com o intuito de melhorar as políticas públicas de apoio.

“Com essa visão abrangente, podemos criar políticas ainda mais eficazes para apoiar essas famílias em seu desenvolvimento”, conclui.