FGTS: Saiba a rentabilidade e como retirar

A contribuição mensal para o FGTS é equivalente a 8% do salário bruto, o que resulta em R$ 121,44 mensais
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O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é um direito assegurado para trabalhadores brasileiros que possuem contrato formal. Esse fundo funciona como uma espécie de poupança obrigatória, na qual o empregador realiza mensalmente um depósito que corresponde a uma fração do salário do funcionário.

Mas, após cinco anos recebendo o salário mínimo, qual seria o montante acumulado? E em que situações é viável retirar esse fundo?

Em 2025, o valor do salário mínimo está fixado em R$ 1.518,00. Com esse dado, a contribuição mensal para o FGTS é equivalente a 8% do salário bruto, o que resulta em R$ 121,44 mensais.

Esse valor é creditado em uma conta gerida pela Caixa Econômica Federal, que é responsável pela administração do FGTS. Apesar de o trabalhador não ter acesso imediato a essa quantia, ela gera rendimentos ao longo do tempo.

Rentabilidade do FGTS

O FGTS não se limita a um simples depósito; ele também proporciona rentabilidade. De acordo com a legislação, o fundo tem um rendimento garantido de 3% ao ano, além da Taxa Referencial (TR), que tem estado próxima de zero nos últimos anos.

Adicionalmente, a Caixa Econômica Federal reinveste anualmente uma parte dos lucros do fundo entre os trabalhadores que mantêm saldo positivo em suas contas. Esse acréscimo assegura um aumento gradual do montante, mesmo na ausência de novos depósitos.

Retirada do FGTS

Existem diversas situações que autorizam a retirada do FGTS, sendo a demissão uma das principais razões.

O tipo de desligamento impacta diretamente o quanto pode ser retirado. Em demissões sem justa causa, o trabalhador tem o direito de sacar todo o saldo do FGTS, além de receber uma multa de 40% sobre o total dos depósitos feitos pela empresa.

Por outro lado, em casos de demissão por justa causa, o acesso ao FGTS imediato não é permitido e a multa de 40% não é concedida.

O saldo permanece na conta vinculada e só pode ser acessado em outras circunstâncias específicas, como aposentadoria, aquisição de imóvel, enfrentamento de doenças graves ou pela opção de saque-aniversário.

Cálculo do saldo do FGTS acumulado

Para determinar o saldo do FGTS acumulado, o trabalhador pode usar o aplicativo FGTS da Caixa ou visitar o site da instituição. O saldo informado corresponde à soma dos depósitos mensais, mais a correção de 3% ao ano, a TR e a distribuição de lucros da Caixa.

Por exemplo, um trabalhador que recebe o salário mínimo e mantém o emprego por cinco anos consecutivos terá recebido depósitos mensais de R$ 121,44, totalizando R$ 7.286,40 ao longo de 60 meses.

Com a rentabilidade de 3% ao ano e a distribuição de lucros, o valor final pode oscilar entre R$ 7.800,00 e R$ 8.200,00, com base nas condições econômicas e na regularidade dos depósitos.

Quando retirar o FGTS

O FGTS pode ser retirado em várias circunstâncias, além da rescisão sem justa causa.

Isso inclui situações como a aposentadoria, a aquisição de uma casa, doenças graves como câncer e HIV, falecimento do trabalhador (com a possibilidade de saque pelos dependentes) e o saque-aniversário, que é uma opção com regras específicas.

Vale ressaltar que, ao escolher o saque-aniversário, o empregado não poderá retirar o valor total do FGTS em caso de demissão; apenas a multa de 40% será disponibilizada. Essa decisão deve ser tomada com cuidado, levando em conta as futuras necessidades financeiras.

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