Lula deu aval para fim desta modalidade de saque do FGTS

De acordo com ministro do Trabalho, o presidente Lula já teria dado o aval para o fim de uma famosa modalidade de saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)

Uma das modalidades de retirada do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) mais conhecidas entre os brasileiros pode estar com os dias contados. Ao menos foi o que disse o ministro do trabalho, Luiz Marinho (PT) em declaração recente.

De acordo com Marinho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já teria dado o aval para o encerramento das atividades do saque-aniversário do FGTS. Trata-se de uma modalidade de retirada utilizada por mais de 20 milhões de brasileiros, segundo informações mais recentes.

O saque-aniversário do FGTS

O trabalhador que opta pelo saque-aniversário do FGTS, passa a ter o direito de retirar a quantia todos os anos sempre no mês do seu nascimento, ou nos dois meses imediatamente seguintes.

Ao mesmo passo, o cidadão que opta por esse sistema deixa de ter o direito de sacar a quantia em situações emergenciais, como em uma demissão sem justa causa, por exemplo.

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Esse, aliás, é o grande ponto de crítica por parte do governo federal.  Em entrevistas, o ministro Luiz Marinho vem dizendo que impedir a retirada do saque do FGTS em momentos de demissão sem justa causa, seria uma “crueldade” com trabalhador.

Por isso, ele vem liderando uma campanha contra a manutenção do saque-aniversário do FGTS. Agora, ele vem afirmando que o presidente Lula também decidiu que vai enviar um projeto ao congresso nacional para pedir a retirada desse tipo de saque.

“Aliás, ele [Lula] está me cobrando. Cadê o consignado? Porque nós, aqui, nós vamos oferecer um direito a pessoas que hoje não estão cobertas em nenhum lugar”, disse Marinho, em entrevista à TV Globo.

Resistência no Congresso

Mas acabar com o saque-aniversário do FGTS é uma tarefa que não depende apenas do governo federal. Como dito, o Congresso Nacional também precisa provar a medida para que ela comece a valer de fato.

E esse, aliás, talvez seja o grande desafio do ministro Luiz Marinho nesse momento. Como se sabe, o Congresso Nacional conta com uma sensível maioria de parlamentares liberais que, em tese, não estariam dispostos a acabar com saque-aniversário.

“Já falamos sobre isso com várias lideranças, já abordei isso com o presidente [da Câmara, Arthur Lira], mas vamos retomar essa conversa com a direção das casas, com o presidente Lira e o presidente [do Senado, Rodrigo] Pacheco”, disse Marinho. 

“Vamos propor conversa com todas as lideranças, de todos os partidos para apresentar o problema que existe hoje e a solução que nós queremos dar”, completou ele. 

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