Nova isenção do Imposto de Renda: Lula propõe mudança que pode mexer no seu bolso

Em evento, presidente Lula voltou a falar sobre o projeto de lei que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para a casa dos R$ 5 mil. Veja detalhes
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Durante um evento em Montes Claros (MG), realizado nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reacendeu um velho debate com uma nova proposta: uma reforma no Imposto de Renda.

O texto em questão já foi enviado pelo governo federal ao congresso nacional, e promete aliviar o bolso da maioria dos brasileiros, e cobrar mais de quem ganha muito.

O que está em jogo no imposto de renda?

De uma maneira geral, pode-se afirmar que a proposta do governo é simples, mas de grande impacto. Em resumo:

  • Isenção total de IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais;
  • Redução da carga tributária para salários entre R$ 5 mil e R$ 7 mil;
  • Em contrapartida, os 141 mil brasileiros mais ricos pagarão mais impostos.

No evento em Minas Gerais, Lula disse que a medida tem potencial de beneficiar de alguma forma cerca de 85% da população brasileira, o que poderia promover mais “justiça fiscal”.

“Quem ganha menos não pode pagar o mesmo que quem ganha mais”, defendeu o presidente, criticando o sistema atual que, segundo ele, “pune os pobres e protege os ricos”.

Menos imposto e mais consumo

De uma maneira geral, o governo aposta que a reforma vai estimular a economia. A lógica é que, com mais dinheiro no bolso, a população vai consumir mais. Como consequência, isso vai movimentar o comércio, gerando empregos e aquecendo a indústria.

“R$ 1 milhão parado na mão de uma pessoa circula menos do que se estivesse nas mãos de várias. Quando o dinheiro é dividido, ele gira, cria oportunidades e fortalece a produção”, completou o presidente durante o evento.

Além do Imposto de Renda

Ainda no mesmo evento, Lula aproveitou para defender os usuários do Bolsa Família. Nos últimos meses, o número de críticas voltadas para esse grupo social parece ter aumentado. 

Um dos maiores críticos, aliás, foi o próprio governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO). Em eventos, ele vem defendendo que muitos usuários estariam deixando de trabalhar para receber o benefício. 

Sobre essa crítica, Lula defendeu que o Bolsa Família não seria um estilo de vida, e argumentou que ninguém quer seguir recebendo o benefício por muito tempo. 

“O Bolsa Família não é estilo de vida. É suporte. É para ajudar a pessoa a levantar e caminhar com as próprias pernas.”

O programa continua sendo uma das principais ferramentas do governo para combater a pobreza extrema e promover a inclusão social.

No mesmo evento, Lula defendeu outras frentes do governo, como:

  • Fies: incentivo para facilitar o acesso ao ensino superior;
  • Equiparação salarial: lei para garantir salários iguais entre homens e mulheres na mesma função;
  • Investimento estrangeiro: como o da Novo Nordisk, empresa dinamarquesa que fabrica insulina para o SUS e vai expandir suas operações no Brasil.
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