INSS: Ministro revela detalhes sobre implementação da telemedicina

Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT) disse que Governo deverá usar telemedicina no INSS a partir de 2024

O Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT) disse em entrevista nesta quinta-feira (27) que vai implementar o modelo de telemedicina nas perícias médicas. O novo formato, no entanto, só deve começar a ser usado dentro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a partir de 2024.

“Nossa intenção é que, a partir de 2024, tenhamos isso aperfeiçoado para colocar à disposição da sociedade brasileira”, disse o Ministro em entrevista ao portal G1. “A ideia com a telemedicina é programar e organizar para que, em 2024, [possa] funcionar de uma maneira mais eficiente”, seguiu ele.

O Ministro da Previdência explicou que a sua ideia é liberar a telemedicina apenas para os casos mais extremos. De acordo com ele, será importante oferecer este tipo de procedimento remoto sobretudo para os cidadãos que residem longe de agências que contam com peritos médicos.

“Tem muita gente que está a 300 ou 400 quilômetros de uma agência [do INSS] que tenha um perito para fazer o atendimento”, completou o Ministro.

Redução da fila de espera

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Enquanto o ano de 2024 não chega, o foco do Ministério da Previdência segue sendo a redução da fila de espera. A atualização mais recente revelou que mais de 1,7 milhão de brasileiros estão aguardando por uma resposta do INSS.

No último dia 18 de julho, o Instituto lançou um conjunto de medidas para tentar resolver ou ao menos minimizar o problema. Uma das medidas tomadas, por exemplo, foi o estabelecimento de um bônus para que os servidores analisem mais casos por dia.

Além disso, o Governo Federal também prevê o estabelecimento de mais concursos públicos. A avaliação atual é de que é preciso admitir novos servidores para tentar acompanhar o ritmo de crescimento da fila de espera.

Hoje, a lista conta com este tempo médio de espera:

  • 0 a 45 dias: são 36% dos pedidos;
  • 46 a 90 dias: 24%;
  • 91 a 180 dias: 27%;
  • 181 a 365 dias: 11%;
  • Mais de 365 dias: 2%.

“Vamos começar da mais longa fila, ou seja, tem gente que está esperando um ano de atendimento, para chegar até dezembro aos 45 dias que a lei permite. É o ideal? Não. Mas eu considero que esses 45 dias da lei serão alcançados até dezembro”, declarou.

INSS

Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que poderá até mesmo demitir pessoas que não estão conseguindo reduzir a fila de espera.

“Se é falta de funcionário, a gente tem que contratar funcionário. Se é falta de competência, a gente tem que trocar quem não tem competência”, disse o presidente em evento recente.

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