INSS: PF prende acusados de fraude que “ressuscitava mortos”

Operação em questão foi realizada no Rio de Janeiro e prendeu 14 pessoas acusadas de trabalhar em um esquema de massiva fraude no INSS

A Polícia Federal (PF) realizou nesta semana uma operação que prendeu 14 pessoas na cidade do Rio de Janeiro. Segundo as informações oficiais, elas estão sendo acusadas de atuar em uma fraude massiva no sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O esquema causou uma despesa de R$ 8 milhões em benefícios.

Entre as pessoas que foram presas, estão ao menos dois advogados de formação. Eles estavam ajudando a quadrilha no processo das fraudes no INSS. A PF afirma que a quadrilha estava atuando em um “massivo esquema” de golpe, e que estava atuando no recolhimento de benefícios em nome de pessoas fictícias ou mesmo mortas.

As atualizações mais recentes indicam que além das 14 pessoas presas, a polícia ainda cumpriu 18 mandados de busca e apreensão. A PF aponta ainda que três indivíduos que estavam fazendo parte da quadrilha estão foragidos. Também foi realizado o cancelamento de uma série de contas bancárias dos integrantes.

A polícia estima que se a quadrilha não tivesse sido desfeita neste momento, o tamanho do prejuízo poderia ter sido até maior. Como dito, mais de R$ 8 milhões foram gastos, mas no ritmo atual, a fraude estava caminhando para atingir a marca dos R$ 12, 2 milhões de prejuízo em breve.

A PF apreendeu na operação três pistolas, uma carabina, celulares e cartões de crédito que supostamente estavam sendo usados por este grupo criminoso.

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Oficialmente, os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A Polícia Federal realizou as operações em parceria com a Coordenação de Inteligência Previdenciária (Coinp), com o Ministério da Previdência Social e com a Centralizadora de Prevenção a Fraudes da Caixa Econômica.

Os benefícios que foram fraudados no INSS

Ainda com base nas informações da Polícia Federal, é possível afirmar que as investigações identificaram que a quadrilha atuava com alguns benefícios previdenciários específicos. São eles: a pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS).

A pensão por morte é paga para a família do cidadão que contribuía com o INSS, mas que acabou falecendo pro algum motivo. Já o BPC é voltado para pessoas que não estão em condições de trabalho, seja porque são idosos com mais de 65 anos, ou porque possuem algum tipo de deficiência física e/ou intelectual que impede a realização de um trabalho.

A quadrilha estava atuando basicamente em um processo de falsificação de documentos. A ideia era justamente enganar o INSS para conseguir os determinados benefícios previdenciários. Para tanto, eles usavam os nomes de pessoas que não existiam ou mesmo de indivíduos que já tinham morrido.

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