Pente-fino do INSS: governo planeja cortes na previdência

Ministra do Planejamento já sinalizou que governo federal vai realizar um pente-fino nas contas do INSS. Algumas pessoas podem passar por bloqueios
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Em breve, o governo federal vai iniciar um pente-fino nas contas dos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao menos foi o que disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Ela disse que a ideia é analisar minuciosamente a lista de beneficiários.

Segundo a ministra, a ideia é analisar “as fraudes e os erros” que teriam sido cometidos durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tebet citou dados do Tribunal de Contas da União (TCU), que teriam deixado claro que as contribuições erradas teriam sido realizadas em 2021 ou 2022.

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Para Tebet, houve “um salto significativo e muito acima da média” no número de pessoas aptas ao recebimento de aposentadorias, pensões e auxílios. Ela sugeriu que este aumento pode ter tido relação com a vontade do governo anterior de conseguir votos para vencer as eleições.

O que disse Tebet sobre o pente-fino do INSS

“É uma questão que vamos ter que enfrentar em breve. O INSS deu um salto significativo de beneficiários do BPC [Benefício de Prestação Continuada], muito acima da média, não sei em que determinado ano, se foi 2021 ou 2022, se foi por conta do período eleitoral”, afirmou a ministra.

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“O TCU disse que de R$ 1 trilhão de benefícios, pode ter algo em torno de 10% de erros ou fraudes. Se ficarmos com 1% ou 2% de R$ 1 trilhão, nesta lupa que temos e queremos fazer em relação às fraudes e erros do INSS”, seguiu ela.

“São exatamente entre R$ 10 bilhões e R$ 20 bilhões que nós precisamos e temos que fazer para recompor o orçamento de todos os ministérios, que teriam perda de 2023 para 2024”, seguiu ela.

A declaração da ministra foi dada durante o 1º Seminário de Avaliação e Melhoria do Gasto Público, promovido pelo Ministério do Planejamento e Orçamento no final do último mês de agosto.

O BPC

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é uma espécie de auxílio de caráter social pago pelo INSS. A ideia é atender idosos com mais de 65 anos de idade, e cidadãos que não estão conseguindo trabalhar porque possuem algum tipo de deficiência física e/ou intelectual.

Todos os meses, este público recebe o equivalente a um salário mínimo, ou seja, R$ 1.320.

Para fazer parte do BPC é importante ter uma conta ativa e atualizada no sistema do Cadúnico do governo federal. Para além disso, também é importante que o cidadão tenha uma renda per capita de até um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 330.

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