Proposta no Congresso abre caminho para incluir garçons, DJs e técnicos no MEI

Câmara aprova proposta que inclui garçons, DJs, técnicos e outros profissionais do setor de eventos no MEI. Medida pode formalizar milhares de trabalhadores
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A formalização de milhares de trabalhadores do setor de eventos pode estar prestes a dar um grande salto. 

A Câmara dos Deputados avançou na análise de um projeto que promete transformar a realidade de profissionais como garçons, DJs, técnicos e até produtores culturais, permitindo que todos ingressem no regime do MEI (Microempreendedor Individual).

A iniciativa foi aprovada pela Comissão de Indústria, Comércio e Serviços e traz esperança para quem atua em uma área que movimenta bilhões todos os anos, mas ainda convive com altos índices de informalidade. 

O texto é visto como um marco para quem busca direitos trabalhistas, acesso a crédito e maior segurança jurídica.

Quem poderá ser enquadrado no MEI? 

O projeto inclui 21 novas categorias ligadas diretamente ao setor de eventos. Entre elas:

  • Técnicos de sistemas audiovisuais
  • Fotógrafos e videomakers
  • Montadores e eletricistas de cenário
  • Garçons e chefs de cozinha
  • Decoradores e produtores culturais
  • DJs, músicos e seguranças de evento
  • Recepcionistas

A lista foi construída a partir de demandas antigas do setor privado, que há anos reivindicava essa mudança.

Impacto econômico social

De acordo com o deputado Daniel Agrobom (PL-GO), relator da proposta, a medida “corrige uma lacuna da regulamentação atual” e fortalece um setor que já representa 3,8% do PIB, movimentando R$ 291 bilhões por ano e envolvendo cerca de 500 mil trabalhadores.

Segundo ele, ampliar o acesso ao MEI para esses profissionais é uma forma de “responder ao desejo da população de entrar para o setor formal e impulsionar a geração de empregos no país”.

Apoio do setor de eventos

A aprovação foi celebrada pela Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos). Para o presidente Ricardo Dias, o texto representa uma “conquista histórica”, resultado de anos de mobilização.

“Incluir os profissionais de eventos no MEI é reconhecer a importância econômica e social dessa cadeia produtiva. Essa mudança amplia oportunidades de formalização e garante mais dignidade para milhares de trabalhadores”, afirmou.

Próximos passos

Apesar do avanço, a proposta ainda precisa passar por duas etapas: análise nas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, antes de ser levada ao plenário da Câmara.

Caso seja aprovado em definitivo, o Comitê Gestor do Simples Nacional terá 60 dias para adaptar a regulamentação e permitir a adesão dos novos profissionais ao MEI.

A expectativa é que a proposta acelere o processo de formalização e traga mais segurança para trabalhadores que, até então, viviam sem respaldo legal. 

Para muitos, entrar no MEI não significa apenas pagar impostos, mas também conquistar acesso a benefícios previdenciários, crédito e novas oportunidades de crescimento profissional.

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