CNH sem autoescola: entenda proposta que elimina este serviço

Governo Lula aprova e medida será submetida a consulta pública
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O Governo Federal deu sinal verde para uma proposta que pode transformar a forma como os novos motoristas obtêm a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Brasil. A mudança em estudo, autorizada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê o fim da obrigatoriedade de aulas em autoescolas para as categorias A (motos) e B (carros).

O principal objetivo da medida é reduzir drasticamente os custos e a burocracia para o cidadão. Estima-se que o custo médio atual para tirar a CNH, que varia entre R$ 3.000 e R$ 5.000, poderia ser reduzido em até 80%. 

O Ministro dos Transportes, Renan Filho, defende que o modelo atual é “excludente, caro e demorado demais”, fazendo com que cerca de 20 milhões de brasileiros dirijam sem habilitação por causa das barreiras econômicas. 

A proposta visa ampliar a inclusão social e a segurança viária, legalizando esses condutores.

Consulta pública e novo modelo de preparação

O Ministério dos Transportes abriu uma consulta pública na plataforma “Participa + Brasil” no dia 2 de outubro, com duração de 30 dias, para coletar a opinião da população sobre a minuta do projeto.

A proposta não busca eliminar as autoescolas, mas sim flexibilizar a regra, permitindo que o candidato escolha como se preparar, mantendo os exames prático e teórico obrigatórios. As alternativas em discussão incluem:

  • Aulas Teóricas: O candidato poderá optar por estudar em Centros de Formação de Condutores (CFCs), em empresas de ensino a distância (EAD) credenciadas ou até mesmo em cursos digitais oferecidos pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran).
  • Aulas Práticas: Deixa de ser exigida a carga horária mínima de 20 horas/aula práticas. O candidato poderá treinar em CFCs ou com instrutores autônomos credenciados pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans).
  • Formação de Instrutores: A Senatran permitirá que a formação desses instrutores autônomos seja feita por cursos digitais.
  • Outras Mudanças: O Ministério dos Transportes também sugere o fim da prova de aptidão física e mental e a simplificação dos processos para as categorias profissionais C, D e E (caminhões, ônibus, etc.).

Com a proposta, os critérios e exames finais de habilitação seriam mantidos, mas a obrigatoriedade de frequentar as aulas preparatórias em autoescolas deixaria de existir, dando mais liberdade e economia aos futuros motoristas.

Reações e próximos passos

A proposta deve gerar forte reação por parte das autoescolas e da Associação Nacional dos Detrans (AND), que já manifestaram preocupação com o risco de perda de qualidade na formação dos novos condutores.

O resultado da consulta pública será fundamental para a elaboração de um projeto de lei ou medida provisória que será enviado ao Congresso Nacional. Após essa etapa, o texto final seguirá para análise do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

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