Abono salarial tem alta prevista para 2025

Os especialistas também dizem que o dinheiro do abono acaba não sendo bem utilizado, pois é destinado a pessoas que já têm emprego

O governo planeja gastar R$ 30,7 bilhões com o abono salarial no ano de 2025, de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) enviado ao Congresso Nacional. O valor estimado pelo governo é 10% maior do que o previsto para este ano.

De acordo com especialistas, o abono salarial deve ser eliminado ou modificado. Vale lembrar que nos últimos anos, a despesa anual tem sido pressionada por dois fatores. Aumento de empregados registrados na economia e o salário mínimo aumentou.

Os especialistas também dizem que o dinheiro do abono acaba não sendo bem utilizado, pois é destinado a pessoas que já têm emprego e não estão em situação de vulnerabilidade. No Brasil atual, não faz sentido algum.

Quais são os principais problemas que como país devemos corrigir?

Combater o desemprego, a informalidade e a miséria extrema. O abono não serve para isso. Fabio Giambiagi, economista e pesquisador associado do FGV Ibre, afirma que o Brasil desperdiça entre R$ 25 bilhões e R$ 30 bilhões anualmente.

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Giambiagi afirma que o abono é dispensável e pode ser cortado sem prejuízos, pois não precisa ser substituído por nada.

Ele deveria ser cortado, apesar de ser politicamente difícil. De acordo com Rafael Guerreiro Osório, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o abono salarial fez sentido em sua criação, mas agora já não é mais necessário.

O pesquisador explica que o objetivo do programa era fornecer uma renda extra para os trabalhadores formais, incentivando a formalização do emprego, devido ao baixo poder de compra do salário mínimo na década de 90, início do Plano Real.

Porém, o economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social, reconhece vantagens na política do abono, embora acredite que ela precisa ser melhorada. É um benefício que permite aos trabalhadores comprar mais sem aumentar os custos das empresas.

A maioria dos países desenvolvidos têm uma política semelhante, logo, não é exclusiva do Brasil. No entanto, as políticas como o Bolsa Família e o BPC apresentam um custo de oportunidade maior.

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