Endividados chegam a 77 milhões no Brasil

O total da dívida nacional aumentou de R$ 419 bilhões em janeiro para R$ 465 bilhões em maio, segundo levantamento realizado
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A quantidade de pessoas com dívidas no Brasil aumentou, atingindo 77 milhões em maio, conforme dados do Serasa.

Além disso, a situação do endividamento se deteriorou no primeiro semestre, com a dívida média por habitante subindo de R$ 1.489,90 em janeiro para R$ 1.558,68 em maio, valor que ultrapassa o atual salário mínimo de R$ 1.518.

Desde o início do ano, o total das dívidas cresceu 4,62%, segundo o relatório “Indicadores de Mercado”, da plataforma Pagou Fácil, ligada à Paschoalotto, que atua na recuperação de crédito.

O total da dívida nacional aumentou de R$ 419 bilhões em janeiro para R$ 465 bilhões em maio, resultando em um acréscimo de R$ 46 bilhões. Para realizar essa análise, a Paschoalotto utilizou informações de sua rede de bancos parceiros.

Devedores e as razões para isso

A pesquisa revela que o perfil dos inadimplentes se manteve estável no semestre, com uma distribuição equilibrada entre homens (cerca de 50%) e mulheres (cerca de 50%), além de uma concentração na faixa etária de 26 a 60 anos.

De acordo com as informações de junho, as principais causas da inadimplência incluem atraso nos salários (40,8%), endividamento excessivo (22,3%) e desemprego (20,3%).

Outros aspectos que contribuem são empréstimos para outras pessoas, problemas de saúde e fraudes.

As fontes das dívidas continuam a ser as mesmas: bancos e cartões de crédito representam 27,85% do total, seguidos por contas essenciais (20,17%), instituições financeiras (19,38%) e serviços como TV e internet (11,94%).

Desde janeiro, o Amapá lidera o ranking de inadimplência, com a taxa subindo de 61,1% para 63,14% da população adulta endividada. Em contrapartida, Santa Catarina apresenta a menor taxa, com 37,46%.

A média nacional, por sua vez, aumentou de 45,94% em janeiro para 47,33% em maio.

No que diz respeito à digitalização nos acordos, em 2023, 20,5% das negociações foram realizadas por canais digitais, aumentando para 28,9% em 2024, e com uma média de 30% esperada para 2025.

Em março, os canais digitais já correspondiam a 32% das negociações feitas pela Paschoalotto.

O estudo alerta para as condições macroeconômicas do Brasil, que permanecem complexas e podem influenciar o índice de inadimplência, com variações na taxa de desemprego (e na renda) e a inflação, conforme medida pelo IPCA.

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