Salário mínimo: aumentam as chances de elevação para R$ 1.320

Mesmo a equipe econômica, que estava mais reticente em relação ao aumento, já começa a concordar com a elevação do salário mínimo para R$ 1.320

O Governo Federal ainda não bateu oficialmente o martelo sobre o possível novo aumento do salário mínimo para este ano de 2023. Contudo, nos últimos dias a ala que defende a nova elevação ganhou força diante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e as chances de uma elevação para R$ 1.320 aumentaram.

Esta constatação está clara nas entrevistas concedidas por ministros do governo nos últimos dias. A Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) disse que a chance de um aumento existe. Ela deixou claro que seria preciso fazer alguns cortes, mas deixou de negar a possibilidade de um novo reajuste.

Nesta semana, o jornal Folha de São Paulo publicou uma apuração afirmando que o presidente vem se reunindo para discutir o tema nos últimos dias. Segundo o jornal, até mesmo a ala mais ligada ao Ministro da Fazenda, Fernando Haddad já começa a admitir a possibilidade de nova elevação.

Salário hoje

Hoje, o salário mínimo é de R$ 1.302, valor que foi definido por Jair Bolsonaro (PL) ainda no final do ano passado. Este patamar já representa um aumento real em relação aos números do ano passado, quando o valor era de R$ 1.212. A elevação foi de 7,4%, ou seja, acima da inflação.

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Como o aumento real já foi dado, o Ministério da Fazenda vinha argumentando que não seria mais necessário aplicar um segundo aumento. Assim, eles poderiam manter os R$ 1.302 até o final deste ano e aplicar as mudanças do plano nacional de valorização do salário mínimo apenas a partir de 2024.

Pressão de Lula

Contudo, o fato é que o presidente Lula está fazendo pressão por um novo aumento. Assim, o Ministério da Fazenda está sendo obrigado a ceder uma elevação para R$ 1.320. Neste sentido, um novo plano já está sendo traçado pela equipe econômica do presidente.

Segundo informações de bastidores, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) prevê um plano de redução de gastos que poderia economizar mais alguns bilhões, que poderiam ser aplicados no sistema do salário mínimo.

Aposentadorias

O grande temor do Ministério da Fazenda não é o salário mínimo em si, mas o pagamento das aposentadorias. Estes valores costumam variar a depender da quantidade de pessoas que entram na previdência social. Quanto mais gente entrar, mais o governo vai ter que gastar.

Hoje, estima-se que dois terços de todos os benefícios do INSS sejam correspondentes a um salário mínimo, o que indica que cada vez mais o governo precisa gastar para pagar estes valores aos segurados.

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