Salário mínimo: veja o valor atualizado e como ele impacta os trabalhadores

Novo valor do salário mínimo é de R$ 1.518, pago desde fevereiro. Veja como o reajuste foi calculado e o impacto para aposentados e beneficiários
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O novo valor do salário mínimo já começou a cair na conta dos brasileiros desde fevereiro, com o reajuste que elevou o pagamento para R$ 1.518. 

O aumento de R$ 106 representa um acréscimo de 7,5%, acima da inflação do período.

Por que reajuste do salário mínimo só foi pago em fevereiro? 

Apesar de estar em vigor desde janeiro, o reajuste do salário mínimo só foi sentido agora porque os salários são pagos no mês seguinte ao da prestação do serviço. 

Assim, o contracheque de fevereiro é o primeiro a refletir o novo valor.

O salário mínimo é o menor valor que pode ser pago a um profissional com carteira assinada. Ele também serve como base para calcular benefícios trabalhistas, assistenciais e previdenciários.

Mudança nos critérios do cálculo do salário mínimo

Antes, o reajuste seguia a variação do INPC e o crescimento do PIB. Com essa fórmula, o valor chegaria a R$ 1.525.

Agora, há uma nova regra: o aumento das despesas públicas com o salário mínimo não pode ultrapassar 2,5%, mesmo que o PIB cresça mais, como aconteceu com os 3,2% registrados.

Essa mudança visa conter gastos e preservar o equilíbrio fiscal, já que o valor do salário mínimo impacta diretamente aposentadorias do INSS e programas sociais.

Assim, como o salário mínimo influencia o valor de aposentadorias e benefícios, a contenção nos reajustes busca evitar aumentos expressivos nas despesas públicas, especialmente em um cenário de ajuste fiscal.

O dilema do governo federal

O reajuste do salário mínimo também expõe um embate constante dentro do governo federal. 

De um lado, economistas e integrantes da equipe econômica defendem regras mais rígidas para conter aumentos expressivos, alegando que cada reajuste acima da inflação impacta diretamente as contas públicas.

Como o valor do mínimo serve de referência para aposentadorias, benefícios e programas assistenciais, qualquer alta representa bilhões a mais em gastos anuais. 

Na visão desses especialistas, um controle mais firme garante previsibilidade e preserva a saúde financeira do Estado.

Por outro lado, movimentos sociais, sindicatos e representantes de trabalhadores defendem que o aumento real, ou seja, acima da inflação, deve ser aplicado integralmente. 

Para eles, o salário mínimo é uma ferramenta de combate à desigualdade e deve acompanhar o crescimento econômico como forma de promover justiça social. 

Segundo esses grupos, limitar reajustes em nome do equilíbrio fiscal prejudica justamente quem mais depende desse dinheiro para sobreviver.

Esse dilema coloca o governo em uma posição delicada, exigindo decisões que conciliem a responsabilidade fiscal com a valorização do trabalho e a melhoria das condições de vida da população.

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