HISTÓRICO! Brasil registra a menor taxa de desemprego para abril em mais de uma década
Novos dados sobre o desemprego no Brasil foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)> Veja detalhesApesar de um leve aumento em relação ao trimestre anterior, o desemprego no Brasil caiu para o menor patamar da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para meses de abril.
É o que mostram os dados mais recentes da Pnad Contínua, divulgados nesta quinta-feira (30) pelo IBGE
Entre fevereiro e abril de 2025, a taxa de desocupação ficou em 6,6%, a mais baixa desde o início da série histórica da pesquisa em 2012 para este período. No mesmo trimestre de 2024, o índice era de 7,5%. Em 2014, por exemplo, o número chegou a 7,2%.
Mesmo assim, o número de brasileiros em busca de uma vaga ainda é alto: 7,27 milhões de pessoas tentavam se recolocar no mercado no período analisado.
O desemprego em detalhes
Confira os principais dados revelados pela Pnad Contínua:
- A taxa de 6,6% representa um aumento de 0,1 ponto percentual frente ao trimestre anterior (6,5%), mas mantém o patamar historicamente baixo.
- População desocupada caiu em relação a 2024: eram 8,2 milhões há um ano; hoje são 7,27 milhões.
- Número de pessoas ocupadas permaneceu estável: 103,26 milhões de brasileiros estão empregados, com aumento anual de 2,4% (2,5 milhões de novos trabalhadores).
- Nível de ocupação manteve-se em 58,2%.
Sobre o trabalho formal
Ainda tomando como base os dados do IBGE, é possível afirmar que o número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 39,6 milhões, novo recorde para a série histórica.
- Crescimento de 0,8% frente ao trimestre anterior.
- Alta de 3,8% na comparação anual.
A informalidade caiu para 37,9% da população ocupada — são 39,2 milhões de pessoas.
- Houve recuo frente ao trimestre anterior (38,3%) e ao ano passado (38,7%).
- A estabilidade no número de autônomos (26 milhões) contribuiu para essa queda.
Os setores com mais queda de desemprego
Entre os dez grupamentos analisados, apenas um registrou alta significativa no número de ocupados entre janeiro e abril:
- Administração pública, defesa, educação, saúde e assistência social:
Outros setores com crescimento anual:
- Indústria: +471 mil
- Comércio: +696 mil
- Transporte e armazenagem: +257 mil
- Comunicação e finanças: +435 mil
Os salários
O salário médio habitual chegou a R$ 3.426, o maior da série histórica para o período.
A massa de rendimentos (soma dos salários pagos) também bateu recorde: R$ 349,4 bilhões — alta de 5,9% em um ano.
“A massa de rendimento alcançou esse pico devido à estabilidade do nível da ocupação, além de aumentos pontuais da população ocupada com carteira de trabalho assinada nos setores privado e público”, disse William Kratochwill, analista da Pnad Contínua
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua é realizada pelo IBGE desde 2012 e serve para medir os mais variados aspectos da força de trabalho brasileira.