Seguro-desemprego para quem vive da terra? Projeto avança e pode mudar sua vida

Veja o que se sabe até aqui sobre o novo projeto que promete liberar o seguro-desemprego para quem vive da terra
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A Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados deu sinal verde a um projeto que promete amparar trabalhadores rurais em momentos críticos. 

A proposta prevê a criação de um seguro-desemprego voltado para agricultores familiares, seringueiros e extrativistas vegetais que perderem suas safras por causas naturais ou pragas.

O texto aprovado unifica dois projetos de lei (PL 5131/23 e PL 3421/24) em uma versão substitutiva apresentada pelo deputado Valdir Cobalchini Pezenti (MDB-SC). 

A iniciativa reconhece que esses trabalhadores, muitas vezes desamparados, precisam de uma rede de proteção temporária diante de perdas que comprometem toda a sua subsistência.

Mas como vai funcionar o seguro-desemprego? 

O benefício proposto terá as seguintes características:

  • Valor: um salário mínimo mensal;
  • Duração: até quatro meses dentro de um período de 12 meses;
  • Critério principal: perda superior a 40% da produção prevista, comprovada por fenômenos naturais ou pragas.

Quem poderá receber? 

De acordo com o projeto apresentado, nem todos os agricultores poderão receber o saldo em suas contas. Veja as regras indicadas para cada grupo: 

Agricultores familiares

  • Devem atuar como proprietários, meeiros, parceiros ou arrendatários.
  • A propriedade precisa estar registrada no Incra.

Seringueiros e extrativistas vegetais:

  • Devem ser classificados como segurados especiais, de acordo com a legislação previdenciária.

Regras adicionais para o seguro-desemprego 

O texto define que o este seguro não poderá ser acumulado com outros auxílios, exceto pensão por morte, auxílio-acidente e Bolsa Família.

O documento também indica que o pagamento será encerrado em caso de morte do beneficiário ou início de atividade remunerada.

Por fim, também fica determinado que o governo deverá divulgar mensalmente a lista de beneficiários.

Os próximos passos do projeto

Apesar de aprovado na Comissão de Agricultura, o projeto ainda precisa passar por outras três comissões da Câmara dos Deputados:

  • Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família;
  • Comissão de Finanças e Tributação;
  • Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Se aprovado em todas essas etapas, o texto segue para o Senado antes de virar lei.

O Seguro-desemprego

O seguro-desemprego é uma espécie de saldo voltado para os trabalhadores formais que perdem o seu emprego sem justa causa. A quantidade de parcelas e o valor pago varia a depender de uma série de questões.

Atualmente, o seguro-desemprego é pago dentro do sistema do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Recentemente, o ministério da Fazenda chegou a manifestar interesse em aplicar mudanças nas regras do FGTS em busca de um maior controle fiscal. Tais alterações, no entanto, sequer foram anunciadas.

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