Greve do INSS vai durar até quando? O que fazer se não for atendido?
Durante essa quarta-feira (23), houve o começo da greve dos servidores públicos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que determinaram que estariam se manifestando contra a falta de aumentos salariais para a categoria que deveria ser de ao menos 19,9% no ano de 2022 devido ao fato de que os últimos anos, os reajustes não estão acompanhando a real inflação do país e, assim sendo, os cidadãos estão perdendo o poder de compra.
Segundo o que foi adiantado pela Federação Nacional dos Servidores (Fenasps), a categoria deseja repor os dados da inflação desde o ano de 2019. A decisão de fazer greve aconteceu logo depois que Jair Bolsonaro anunciou que estaria realizando o aumento salarial para os professores de ensino básico em ao menos 33%, desse modo, o piso seria de quase R$ 4 mil.
No entanto, o presidente da República afirmou que o aumento não poderia ser concedido a todas as categorias de uma vez porque ele conta com aumentos e que era preciso ter calma. Servidores relacionados a política e defesa civil argumentam que também deseja a realização de aumentos de vale alimentação e de salário.
A categoria já estava, de forma não oficial, realizando greves desde o mês de fevereiro, mas agora começou em escala nacional. Deste modo, os cidadãos que contavam com alguma perícia agendada, podem não serem atendidos nesta segunda-feira (25). Sem contar ainda que é necessário fazer um novo agendamento, de preferência para aparava semana que vem.
O novo agendamento pode ser feito pelo portal do 135, que é o número da previdência social, e até mesmo pelo site oficial do MEU INSS que pede que haja o acesso à GOV para permitir o acesso.
O que acontece é que não foi dado nenhum tipo de orientação sobre o que os cidadãos devem fazer em caso de ir até a agência e ela estar fechada. Levantando ainda mais a contestação de pessoas que contavam com perícias marcadas para a quarta-feira (23), quinta-feira (24) e sexta-feira (25).
Corte de R$ 1 bilhão é contestação da categoria do INSS
Além da exigência para a realização de um aumento do INSS, a categoria também exige que haja um aumento dos investimentos por parte do setor federal devido ao fato de que o ministro Paulo Guedes, da Economia, teria cortado o valor de R $1 bilhão de verbas para o ano de 2022. Os profissionais argumentam que isso se trata de uma tentativa de sucatear os serviços públicos. O corte de investimentos está fazendo com que as análises de concessões de benefícios sejam prejudicadas.
E não é somente isso: a aprovação da PEC dos Precatórios em dezembro do ano de 2021 fez com que houvesse uma diminuição de funcionários contratados e, assim sendo, há um sobrecarregamento sobre as pessoas que já estão atuando como servidores públicos. Deste modo, os peritos ainda exigem que haja a determinação de um número máximo de pessoas que podem ser atendidas em um dia para que não haja a diminuição na qualidade de prestação de serviços. Peritos chegaram a afirmar que o número máximo de pessoas que podem atender em um dia é de 12, mas que muitas vezes atendem mais do que isso porque não há mais pessoas para auxiliar nos serviços.