Piso nacional de enfermagem deve ser sancionado nesta quinta (4)
Presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que deve sancionar piso nacional da enfermagem em um evento solene em BrasíliaO presidente Jair Bolsonaro confirmou que vai sancionar o texto do piso nacional da enfermagem em um evento nesta quinta-feira (4). O chefe de estado deu a declaração durante uma entrevista para a emissora CNN Brasil. De acordo com ele, a assinatura acontecerá em um evento solene na cidade de Brasília, assim que ele chegar de viagem de São Paulo.
O texto do piso nacional dos enfermeiros já foi oficialmente aprovado pelo Senado Federal e também pela Câmara dos Deputados e agora aguarda a sanção do presidente. Nas últimas semanas, Bolsonaro vinha recebendo pressão dos próprios aliados para que a aprovação acontecesse o quanto antes.
O documento prevê a criação de um piso salarial não apenas para o enfermeiros, mas também para os técnicos de enfermagem e as parteiras. Cada um deles terá o seu próprio valor base. No último mês de maio, o presidente já tinha declarado que sancionaria o texto, mas disse que estava analisando a possibilidade de aplicar alguns vetos.
Vale lembrar que o texto foi oficialmente aprovado pela Câmara dos Deputados por um placar amplo: 449 a 12. Com as mudanças, os enfermeiros passariam a receber R$ 4,750 de salário base. O valor vale não apenas para os profissionais da área pública, mas também para aqueles que atuam no sistema privado de saúde.
Mesmo que ainda não exista uma confirmação oficial, o presidente deverá vetar o trecho que prevê o reajuste anual automático do piso. Oficialmente, o projeto que passou pelo Congresso Nacional previa que o aumento seria automático com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Piso para enfermagem
De acordo com informações de bastidores, o presidente demorou algumas semanas para sancionar o texto por causa das intensas conversas com interlocutores do Ministério da Economia. Havia o temor de que os gastos pudessem comprometer as contas públicas.
Seja como for, depois de sucessivas análises, os membros do Ministério passaram a considerar que o Governo não precisa apresentar uma medida para compensar o aumento. Dessa forma, o projeto pode ser sancionado normalmente.
O Ministério da Economia avaliou que o sistema não geraria mais custos para o Governo, porque hoje os profissionais de enfermagem são contratados como terceirizados. Além disso, muitos já recebem acima do piso.
Deputados já chegaram a analisar o impacto financeiro nas contas com a aprovação da PEC. Segundo o estudo, o gasto pode ser de R$ 16,31 bilhões ao ano considerando os pagamentos do piso nas redes pública e privada.