RS aprova reajuste de 10,6% no salário mínimo do funcionalismo
Por 48 votos a 3, Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul decidiu aprovar o reajuste de 10,6% no chamado salário mínimo regionalA Assembleia Legislativa do estado do Rio Grande do Sul aprovou nesta semana um reajuste de 10,6% no chamado salário mínimo regional. Este é o patamar que define diretamente os salários que serão recebidos pelos trabalhadores desta unidade da federação específica.
Este projeto de aumento foi enviado para a Assembleia Legislativa por meio do Governo do estado do Rio Grande do Sul. A proposta enviada pelo gestão estadual previa um aumento de 7,7% no salário, com vigência a partir do próximo mês de fevereiro de 2023.
O aumento da projeção inicial aconteceu depois de um acordo envolvendo aliados do governo local, e líderes da oposição. Com a mudança, o salário mínimo previsto para o funcionalismo público passa a ser de R$ 1.443,94, enquanto o máximo ficou na casa dos R$ 1.829,87.
Faixas do salário mínimo do Rio Grande do Sul
R$ 1.443,94
- agricultura e na pecuária;
- indústrias extrativas;
- empresas de capturação do pescado (pesqueira);
- empregados domésticos;
- turismo e hospitalidade;
- indústrias da construção civil;
- indústrias de instrumentos musicais e de brinquedos;
- estabelecimentos hípicos;
- empregados motociclistas no transporte de documentos e de pequenos volumes – motoboy;
- empregados em garagens e estacionamentos
R$ 1.477,18
- indústrias do vestuário e do calçado;
- indústrias de fiação e de tecelagem;
- indústrias de artefatos de couro;
- indústrias do papel, papelão e cortiça;
- empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas;
- empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
- empregados em estabelecimentos de serviços de saúde;
- empregados em serviços de asseio, conservação e limpeza;;
- empresas de telecomunicações, teleoperador (call center), telemarketing, call-center, operadores de voip (voz sobre identificação e protocolo), TV a cabo e similares;
- empregados em hotéis, restaurantes, bares e similares
R$ 1.510,69
- indústrias do mobiliário;
- indústrias químicas e farmacêuticas;
- indústrias cinematográficas;
- indústrias da alimentação;
- empregados no comércio em geral;
- empregados de agentes autônomos do comércio;
- empregados em exibidoras e distribuidoras cinematográficas;
- movimentadores de mercadorias em geral;
- comércio armazenador;
- auxiliares de administração de armazéns gerais
R$ 1.570,36
- indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
- indústrias gráficas;
- indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
- indústrias de artefatos de borracha;
- empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
- edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares;
- indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
- auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
- empregados em entidades culturais, recreativas, de assistência social, de orientação e formação profissional
- marinheiros fluviais de convés, marinheiros fluviais de máquinas, cozinheiros fluviais, taifeiros fluviais,.
- empregados em escritórios de agências de navegação, empregados em terminais de contêineres e mestres e;
- encarregados em estaleiro;
- vigilantes;
- marítimos do 1º grupo de aquaviários que laboram nas seções de convés, máquinas, câmara e saúde, em todos os níveis (I, II, III, IV, V, VI, VII e superiores)
R$ 1.829,87
- trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes.
Fecomércio é contra
A Federação Nacional do Comércio (Fecomércio-RS) se manifestou sobre a decisão, afirmando que não há nenhum estudo que comprove que a existência de um salário mínimo regional no Rio Grande do Sul tenha qualquer impacto positivo na economia local.
“Além disso, o mínimo regional atrapalha o sistema de negociações coletivas salariais, que é realizado, justamente, para que as realidades de cada setor e região possam refletir adequadamente sobre os salários dos mesmos”, argumenta o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn