Aumento do salário mínimo para R$ 1.320 não deve ser concedido

Durante a transição do Governo Bolsonaro para o Governo Lula, a nova equipe econômica havia considerado um aumento no salário mínimo para R$ 1.320. 

Todavia, isso não deve ocorrer e a justificativa é que o reajuste adicional do salário mínimo 2023 de R$ 1.302 para R$ 1.320 dará um  custo extra de R$ 7,7 bilhões no Orçamento. Existe a possibilidade, inclusive, de haver aumento em 2024.

Sendo assim, o piso deste ano deve se manter em R$ 1.302, aprovado durante o fim do mandato de Jair Bolsonaro (PL). O Ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), ainda deve se manifestar sobre o tema, mas é quase certo que não haverá aumento por enquanto.

Propostas em discussão

Segundo a Folha de S. Paulo, existe um grupo favorável à manutenção do valor atual de R$ 1.302. Este grupo justifica que o piso já teve aumento em relação ao ano passado, considerando que a promessa de valorização já teve efeito, embora não represente uma elevação real no poder de compra.

A proposta está em discussão em mesas de negociação com centrais sindicais para ter anúncio ainda no primeiro semestre. Uma das ideias é garantir um reajuste real pela média de crescimento do PIB dos últimos cinco anos. Essa proposta, porém, ainda não está fechada e vai à debate com os representantes dos trabalhadores.

Já o grupo econômico, por sua vez, defende cautela com decisões que tenham impacto considerável sobre as contas públicas. Eles acreditam que é melhor aguardar informações do INSS para ter maior clareza dos números.

O presidente Lula ainda não se manifestou oficialmente sobre o tema. Todavia, fontes internas dizem que Lula sinalizou em favor dos argumentos da equipe econômica.

Na próxima quarta-feira, Lula fará uma reunião com as centrais sindicais, quando será anunciada a criação de um grupo de trabalho para definir a nova política de valorização do salário mínimo e também de regras para trabalhadores de aplicativos.