Luiz Marinho confirma aumento do salário mínimo em 1° de maio
Equipe econômica busca espaço fiscal para tentar elevar o valor do pisoUma boa notícia para os trabalhadores está por acontecer. O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT) confirmou que o governo deve reajustar o salário mínimo no dia 1º de maio, Dia do Trabalho. Os valores ainda estão sendo definidos pela equipe do Ministério da Fazenda, mas deve ser de R$ 1.320, como prometido em campanha.
“Nós estamos discutindo a busca de espaço fiscal para mudar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, nós haveremos de anunciar uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em entrevista à TV Brasil.
Além do novo reajuste, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades da pasta. De acordo com o ministro, a política mostrou bons resultados nos governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marinho foi ministro do Trabalho, entre 2005 e 2007.
Para a ministra do Planejamento, Simone Tebet, qualquer aumento no montante dependerá de um corte de gastos do governo.
Desde então, a demanda está sob cuidado da Comissão Permanente de Valorização do Salário Mínimo, composta pelos ministérios do Trabalho e Emprego; Fazenda; Planejamento e Orçamento; Previdência Social; Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Secretaria Geral; e Casa Civil.
Atualmente, o piso está em R$ 1.302. Centrais sindicais reivindicam o aumento de R$ 40 nesse valor, mas o governo luta para encontrar fonte de financiamento.
Imposto Sindical
Questionado pelos jornalistas sobre a volta do imposto sindical, Marinho explicou que não prevê a volta da obrigatoriedade da cobrança do imposto sindical pelo governo.
“O imposto sindical volta? A resposta é não”, disse a jornalistas logo após discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a centrais sindicais.
Segundo Marinho, um grupo de trabalho vai discutir como será a política de reajuste daqui em diante. “O grupo vai levar em consideração toda a situação econômica do país”.