Veja quanto vai custar ajustes no salário e no Imposto de Renda

Presidente Lula (PT) disse que vai realizar reajustes ainda em 2023 tanto no valor do salário mínimo, como também na tabela do Imposto de Renda
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em entrevista na última semana que o Governo Federal decidiu elevar mais uma vez o valor do salário mínimo este ano. Além disso, ele deverá trabalhar por uma mudança no sistema da tabela do Imposto de Renda.

Tais reajustes, no entanto, não devem sair de graça aos cofres públicos. Segundo cálculos do Tesouro Nacional, os dois movimentos deverão custar algo em torno de R$ 8,2 bilhões para além do que já era esperado inicialmente no plano de de orçamento do ano passado.

“Elas (as mudanças no salário e no Imposto de Renda) vão ter medida compensatória pelo lado da receita”, disse na segunda-feira (25), o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron. Ele disse que os dois gastos já estão previstos pela equipe econômica do Governo Federal, e foram alvos de estudo antes dos anúncios.

Gastos com salário e Imposto de Renda

O presidente disse em entrevista à CNN Brasil que o valor do salário mínimo vai subir de R$ 1.302 para R$ 1.320, assim como estava previsto no plano de orçamento do ano passado. Este movimento deverá custar aos cofres públicos algo em torno de R$ 5 bilhões.

Caso o salário de R$ 1.320 estivesse valendo desde o início do ano, os gastos públicos em torno do pagamento seria de R$ 7 bilhões para além do que estava previsto no orçamento. De todo modo, com o início do processo será em março, os gastos em torno deste ponto diminuíram.

Lula também disse na entrevista que a isenção do Imposto de Renda deverá subir de R$ 1,9 mil para R$ 2,6 mil, ou seja, dois salários mínimos. Tal mudança teria um impacto de R$ 3,2 bilhões nas contas públicas.

Neste segundo caso, vale lembrar, não estamos falando de uma despesa direta, mas de um diminuição da arrecadação, já que significa que menos pessoas seriam obrigadas a declarar o Imposto de Renda.

Bolsa Família

Em entrevistas recentes, a Ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) disse que, se caso o presidente quisesse seguir com estes movimentos, seria preciso realizar cortes em outras áreas.

Um destes cortes pode vir justamente do Bolsa Família. O Governo vem afirmando que poderá excluir até 1,5 milhão de pessoas do programa social. Esta decisão pode gerar uma economia, que poderia garantir o aumento do salário mínimo até o final deste ano.

De todo modo, o Governo ainda deverá indicar mais detalhes sobre o futuro do orçamento nos próximos dias.

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