INSS: PF cumpre mandados contra supostas fraudes no Ceará

De acordo com a investigação, suspeita é de que quadrilha estava fraudando documentos para receber indevidamente benefícios do INSS

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta quinta-feira (11) uma operação contra fraudes em benefícios previdenciários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no estado do Ceará. A suspeita é de que uma quadrilha estaria falsificando documentos como RG e CPF para obter vantagens indevidas.

De acordo com as informações preliminares da Polícia Federal, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão nas residências dos supostos membros dessa quadrilha.  Na avaliação da Polícia Federal, este grupo poderá ter causado um prejuízo de mais de R$ 6,6 milhões aos cofres públicos, por causa das alegadas fraudes.

De todo modo, a PF também avalia que o momento em que a quadrilha está sendo desarticulada foi importante, já que os criminosos pretendiam seguir com os golpes. No ritmo atual, eles poderiam causar um prejuízo superior a R$ 1 bilhão dentro de mais alguns meses apenas.

Os locais da operação

De acordo com as informações preliminares da Polícia Federal, a operação desta quinta-feira (11) está sendo realizada nas cidades de Pindoretama, Cascavel e Itaiçaba.

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Embora a Polícia não tenha divulgado os nomes dos suspeitos envolvidos com esta denúncia, investigadores já adiantaram em entrevistas que um dos investigados é vereador de uma das cidades que estão recebendo a visita dos agentes da PF hoje.

Os alegados criminosos que estavam participando da atuação da quadrilha estariam falsificando os documentos para criar “pessoas inexistentes”. Com os dados destes indivíduos imaginários, eles podiam obter vários benefícios previdenciários.

A Polícia encontrou na casa destes indivíduos mais de 150 cartões magnéticos do INSS. Tais dispositivos eram usados para receber os benefícios previdenciários de forma indevida. Pistolas com munições, algumas delas em situação de irregularidade, também foram apreendidas.

Ameaças

Além de todo suposto esquema de fraude no sistema do INSS, a PF está investigando denúncias de ameaças de morte feitas por pessoas que fazem parte deste grupo. Segundo as análises, os supostos criminosos estavam ameaçando matar os cidadãos que indicavam que poderiam denunciar a prática da fraude.

Há, aliás, a investigação de que homicídios realmente tenham sido praticados por pessoas que fazem parte desta suposta quadrilha.

Os crimes no INSS

Agora, os membros da alegada quadrilha serão julgados pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, uso de documento falso e lavagem de dinheiro.

Em caso de punição, eles podem pegar até 30 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir do material apreendido.

A operação Papili contou com a atuação de 110 agentes da Polícia Federal.

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