Marinho critica apps de entrega: “querem pagar menos que o mínimo”

Ministro do Trabalho disse que governo federal ainda não chegou em um acordo com os apps de entrega porque eles querem pagar pouco
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Segue a novela envolvendo o governo federal e as empresas de entrega por aplicativo. Nesta semana, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, disse que ainda não chegou em um acordo sobre a nova legislação trabalhista para os entregadores.

De acordo com Marinho, as empresas de apps querem pagar aos trabalhadores valores inferiores a um salário mínimo, e ele disse que não vai aceitar este tipo de proposta.

“O não acordo está relacionado às empresas quererem salário muito baixo, menos que o salário mínimo. Isso é inaceitável”, disse o ministro.

O outro lado da história sobre os apps

A Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que vem representando as empresas nesta negociação, soltou um comunicado nesta quarta-feira (6), afirmando que assistiu com perplexidade a declaração do ministro do trabalho.

“Todas as propostas apresentadas pelas associadas para os diversos modais visam a garantia de um ganho mínimo líquido superior ao salário mínimo por hora trabalhada, considerando os gastos operacionais dos trabalhadores”, disse a Associação.

“A ausência de acordo no setor de delivery é resultado, principalmente, da insistência do Ministério do Trabalho em uma proposta previdenciária que desconsidera o perfil diverso de engajamento dos entregadores de aplicativos”, completa a nota.

Apps de transporte de pessoas

Ao contrário da novela envolvendo os apps de transportes de produtos, a negociação envolvendo o transporte de pessoas parece estar mais adiantada. Ao menos foi o que disse o próprio ministro Marinho.

“Com aplicativos de transporte de pessoas, o acordo está formalizado do ponto de vista dos valores, dos procedimentos, dos conceitos. Estamos com muita dificuldade de fechar a redação do acordo, que será o projeto legislativo”, disse nesta terça-feira, 5.

Saque-aniversário 

Durante live ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marinho também disse que uma mudança no saque-aniversário do FGTS só deve ser discutida pelo congresso nacional a partir do próximo ano. Segundo ele, não há mais espaço para mudanças em 2023.

“Quero pedir desculpas a esse conjunto de trabalhadores. Nós não vamos conseguir resolver neste ano, mas seguramente no começo do ano estamos construindo as proposições legislativas para enviar ao Congresso Nacional e resolver definitivamente essa questão do Fundo de Garantia”, afirmou o ministro.

“Tenho muita reclamação, trabalhadores demitidos que não conseguiram resgatar o dinheiro”, completou o ministro.

O governo alega que poderá mudar justamente a regra que indica que os cidadãos poderão sacar a quantia em caso de demissão sem justa causa. Assim, o trabalhador poderá retirar o dinheiro após ser demitido, mesmo considerando que ele tenha entrado no saque-aniversário.
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