INSS: Cresce concessão do auxílio-doença por vício em álcool e jogo
Novos números de concessões do auxílio-doença chamam atenção para o aumento de trabalhadores viciados em álcool e em jogoUm dado preocupante chegou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) nesta semana. De acordo com a autarquia, cresceu o número de pessoas que ingressam no auxílio-doença por causa de vício em álcool, e mesmo em jogos de apostas esportivas.
Segundo os números oficiais, nos últimos três anos houve um crescimento de 37% no número de concessões do auxílio-doença para pessoas que estão viciadas em álcool. Neste mesmo meio tempo, houve um crescimento de 350% na concessão para pessoas que estão viciadas em jogos.
Números de concessões por vício
Em todo o ano de 2024, o INSS pagou 4,3 mil benefícios de auxílio-doença por conta de casos de alcoolismo. Durante todo o ano de 2022, este número foi de 3,6 mil. Estamos falando, portanto, de um aumento de 19,5%.
Em 2021, foram 3,3 mil repasses do auxílio-doença por alcoolismo, e em 2020, primeiro ano da pandemia do coronavírus, foram 3,1 mil repasses.
Em resumo, os números mostram que houve um aumento nos casos de concessão do auxílio desde o início da pandemia.
Apostas
No caso do vício em jogos de azar, os números ainda são pequenos. Durante todo o ano de 2023, apenas 36 repasses do auxílio-doença foram pagos. Entretanto, vale frisar que estes números vêm crescendo. Em 2022, por exemplo, foram apenas 10.
O vício em jogos de aposta preocupam o congresso nacional e até mesmo o governo federal. Na recente regulamentação das apostas esportivas, algumas regras foram inseridas neste sentido. Mas ainda não está claro se as medidas farão algum efeito.
Menos tempo de espera para o auxílio-doença
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou nesta semana novos números sobre o tempo médio para a concessão de benefícios. De acordo com a autarquia, há motivos para comemorar, já que houve uma melhora da situação neste sentido.
Segundo o INSS, o Brasil terminou o ano de 2023 com um tempo médio de 47 dias para a concessão de benefícios. O dado foi confirmado pelo Portal de Transparência Previdenciária, que também aponta uma queda no tamanho da fila de espera de 1,6 milhão para 1,5 milhão.
Quando se considera os números do tempo médio de espera, pode-se notar que o prazo estava na casa dos 79 dias no final de 2022, e fechou 2023 com uma redução de 40%, ainda de acordo com os dados oficias.
O número, no entanto, ainda não está dentro do que exige a lei. De acordo com as regras gerais, um cidadão não pode passar mais do que 45 dias para receber uma resposta do INSS. Como dito, hoje este patamar é de 47 dias.