Salário mínimo deve chegar a R$ 1.509 em 2025

A previsão era que o INPC ficasse em 3,25% quando foi enviado o PLDO. No relatório mais recente, a SPE atualizou o valor para 3,65%
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O governo federal planeja aumentar o salário mínimo para R$ 1.509 em 2025. No Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025 enviado ao Congresso, a projeção inicial era de R$ 1.502.

Embora o valor ainda seja uma previsão, se for confirmado, representará um aumento de 6,87% em relação ao salário mínimo atual de R$ 1.412. A Folha de S. previu a informação. Paul

A Secretaria de Política Econômica (SPE) modificou a grade de parâmetros, incluindo flutuações na inflação, o que levou a esse aumento na projeção, de acordo com fontes da equipe econômica.

A nova projeção atende à política de valorização do salário-mínimo do governo federal, que exige que o piso seja corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro, acrescido da variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.

A previsão era que o INPC ficasse em 3,25% quando foi enviado o PLDO. No relatório mais recente, a SPE atualizou o valor para 3,65%.

As estimativas mais recentes indicam que o salário-mínimo seria de R$ 1.595 em 2026, R$ 1.687 em 2027 e R$ 1.783 em 2028. O piso é usado para reajustar uma variedade de benefícios, incluindo benefícios previdenciários e assistenciais.

A equipe econômica chegou a discutir uma desvinculação para evitar a pressão sobre gastos obrigatórios, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não o aprovou.

Gastos

O governo Lula estabeleceu em abril do ano passado que o salário-mínimo seria corrigido anualmente pela inflação mais a variação do PIB consolidado dos dois anos anteriores. No entanto, os gastos obrigatórios, como benefícios previdenciários e assistenciais vinculados ao salário-mínimo, aumentaram rapidamente como resultado dessa política.

Mais da metade dos efeitos esperados da reforma da Previdência aprovada em 2019 será prejudicada pela política de valorização do mínimo e sua conexão com os benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com o economista Fabio Giambiagi do FGV/Ibre, o aumento do mínimo e o crescimento do PIB devem resultar em despesas elevadas de R$ 638 bilhões nos próximos dez anos. Isso representará o consumo de aproximadamente 56% da economia projetada com reformas no mesmo período.

Ao divulgar a terceira revisão bimestral de receitas e despesas em 22 de julho, o governo estimou gastos adicionais de R$ 4,9 bilhões na Previdência e R$ 6,4 bilhões no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Esses gastos estão aumentando acima do limite permitido pelo novo arcabouço fiscal (2,5% acima da inflação), comprimindo cada vez mais outras despesas no Orçamento e questionando a sustentabilidade da nova regra para as contas públicas.

Ao se opor à agenda de revisão de gastos, o presidente Lula tem defendido a política de reajuste do salário-mínimo e afirmou que não há lugar para discussão sobre a separação dos benefícios previdenciários e assistenciais. Essa posição já havia sido expressa pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

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