Auxílio-gás: entenda a disputa interna do governo sobre valores de 2025
Formato do Auxílio-gás nacional vem gerando uma série de atritos internos dentro do próprio governo federal. Veja o que está em jogo para 2025O ano de 2024 ainda parece longe de chegar ao fim, mas dentro do governo federal já existe uma preocupação em relação aos pagamentos do Auxílio-gás nacional para o ano de 2025. Este é um dos maiores programas de transferência de renda do país.
Atualmente, pouco mais de 5 milhões de brasileiros recebem o Auxílio-gás nacional sempre a cada dois meses. O programa realiza pagamentos em dinheiro para pessoas que se encontram em situação de vulnerabilidade social, e que precisam de ajuda no processo de compra do botijão de gás de 13 quilos.
Mas afinal de contas, porque o sistema de pagamento do Auxílio-gás nacional está causando tanta polêmica dentro do governo federal nesse momento? De acordo com informações de bastidores, existe uma disputa interna, e o resultado dessa briga vai impactar diretamente a vida de milhões de brasileiros.
O que aconteceu?
Recentemente, o governo federal anunciou um projeto com mudanças no sistema do Auxílio-gás nacional. Esse projeto previa que o número de atendidos do programa social seria elevado dos atuais 5 milhões para cerca de 20 milhões de maneira escalonada até o ano de 2026.
Para além disso, o governo federal também anunciou que o Auxílio-gás nacional deixaria de ser pago em dinheiro, e passaria a ser pago em forma de vale. Os usuários poderão usar esse saldo para trocar por botijões de gás em redes previamente credenciadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP).
O problema é que no plano de orçamento enviado pelo governo federal ao congresso nacional também recentemente, não há indicação de aumento de gastos com o Auxílio-gás nacional.
Esse movimento do Governo Federal de anunciar o aumento do programa, e logo depois dizer que não haverá aumento no plano de orçamento, gerou uma série de dúvidas entre os parlamentares e economistas do país.
O ministério de Minas e Energia explicou que a ideia do governo é realizar os pagamentos do vale do novo Auxílio-gás nacional através dos recursos do pré-sal, que seriam repassados diretamente para a Caixa Econômica Federal por fora do arcabouço fiscal.
Essa explicação acabou jogando ainda mais lenha na fogueira. Vários economistas e parlamentares de oposição começaram a argumentar que essa medida poderia ser vista como uma pedalada fiscal, ou uma economia criativa.
Divisão do governo sobre o Auxílio-gás
É justamente nesse ponto que surge uma divisão interna dentro do governo federal. Um ala do poder executivo, chefiada pelo Ministério da Casa Civil, acredita que o Auxílio-gás nacional precisa ser pago por fora do arcabouço fiscal a partir de 2025.
Outra aula, essa chefiada pelo Ministério da Fazenda, está fazendo de tudo para que os gastos com o Auxílio-gás nacional também estejam dentro do arcabouço fiscal. No meio dessa confusão, está o usuário que ainda não sabe o que vai acontecer com o seu programa social a partir de janeiro do próximo ano .