Ministro se pronuncia sobre possível segunda Reforma da Previdência

Uma ala de economistas defende que o Brasil passe por uma segunda reforma da previdência para "equilibrar as contas públicas"
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Diante da dificuldade do governo federal em conseguir cumprir as regras gerais do arcabouço fiscal, uma ala específica de economistas já começa a ventilar a possibilidade de uma segunda Reforma da Previdência. De uma maneira geral, esses especialistas acreditam que o movimento poderia ajudar a equilibrar as contas públicas.

Explica-se: segundo esses economistas, uma das maiores fatias de gastos obrigatórios do governo federal vem justamente da previdência social. Esse número vem crescendo todos os anos, já que a quantidade de segurados do INSS vai aumentando, ao mesmo passo em que a quantidade de contribuintes vem diminuindo.

O Brasil já realizou uma Reforma da Previdência através de um texto aprovado ainda no ano de 2019. Aquele projeto já está valendo agora, e as novas regras estão sendo aplicadas de maneira escalonada. Mas mesmo antes da conclusão desse escalonamento, especialistas começam a defender uma segunda Reforma da Previdência.

Mas o que diz o ministro sobre a Reforma da Previdência

Ainda não está claro qual é opinião geral do governo federal sobre a possibilidade de uma segunda Reforma. Mas o ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT) decidiu se antecipar, e deu a sua opinião em uma entrevista concedida e divulgada nesta quinta-feira (26).

Na entrevista em questão,  o ministro se mostrou completamente contrário a ideia de realizar uma segunda Reforma da Previdência no Brasil. De acordo com ele, esse movimento só tiraria direitos dos mais vulneráveis.

 “A gente fala em Reforma da Previdência só para tirar direitos. Eu sou radicalmente contra”, apontou o ministro. “Querer tirar de quem já tem pouco é, no mínimo, desumano. Então, o que nós temos de fazer é melhorar a arrecadação e diminuir as isenções, que são, do meu ponto de vista, criminosas”, criticou Lupi.

“Eu acho que a Previdência Social tem que ser mais eficiente. Tem de melhorar a arrecadação cobrando de quem não paga. Tem que acabar com as isenções indevidas. Muitos grandes empresários brasileiros não pagam nada à Previdência Social, só sonegam”, completou o ministro. 

Mudanças no INSS

Uma ala econômica do governo federal vem estudando possibilidades de tentar controlar as despesas públicas previdenciárias nos próximos anos. Uma das ideias colocadas na mesa é tentar desvincular os valores pagos no Benefício de Prestação Continuada (BPC) em relação ao salário mínimo.

Caso essa ideia seja posta em prática, os usuários do BPC seguiriam tendo aumento todos os anos, mas esse aumento seria menor do que a elevação indicada para o salário mínimo. Ainda não se sabe, no entanto, qual é a opinião pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o assunto.

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