Qual o custo de um funcionário no MEI, Simples Nacional e Lucro Presumido?

Empresas chegam a pagar 40% a mais do salário dos funcionários para o governo por meio de impostos.
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A boa gestão de uma empresa envolve diversos aspectos que são levados em consideração no momento de analisar a situação financeira do empreendimento. 

Dessa maneira, é necessário manter o controle dos gastos e custos para que tudo esteja conforme o planejado e não ocorram surpresas. Por isso, saber quanto custa um funcionário é um item fundamental. 

A legislação trabalhista brasileira protecionista e os sistemas de tributação regulamentam diversos institutos para proteger essa classe. 

Salário, dissídio, INSS, FGTS e férias são apenas alguns dos direitos previstos para os empregados e que representam uma despesa a mais para a empresa. 

A pergunta então é: quanto custa um funcionário dentro de uma empresa? 

A resposta vai depender do tipo de regime tributário de cada empresa. Vejamos a seguir como fica esse valor no MEI (Microempreendedor Individual), Simples Nacional e Lucro Presumido.

Custo de funcionário no MEI

Levando em conta que o salário é o piso nacional, vejamos:

  • Salário mensal: R$ 1.412
  • Depósito mensal do Fundo de Garantia – 8%: R$ 112,96
  • Recolhimento mensal INSS patronal – 3%: R$ 42,36
  • 13°. salário + encargos (9,25%): R$ 130,61;
  • Férias + encargos (12,33%): R$ 174,09;
  • FGTS (provisão de multa para rescisão – 3,20%): R$ 45,18.

Portanto, o custo mensal total do funcionário em 2024 é de R$ 1.917,20.

Custo de funcionários no Simples Nacional

Empresas enquadradas no Simples Nacional tem vantagens tributárias, como a isenção de encargos como INSS patronal e contribuições a entidades como SENAI, SESI, SEBRAE ou Incra. 

Porém, ainda assim, uma parcela significativa dos recursos destinados à contratação de um funcionário. Confira o cálculo:

Os encargos que entram na conta são:

  • Fração de férias: 11,11%;
  • Fração de 13º salário: 8,33%;
  • FGTS: 8%;
  • FGTS/Provisão de multa para rescisão: 4%;
  • Previdenciário (férias, FGTS e Descanso Semanal Remunerado): 7,93%.

Isso significa que praticamente 40% do dinheiro gasto pela empresa para custear um colaborador não irá para o seu salário, mas é convertido na forma de imposto.  

Custo de funcionários no Lucro Presumido

Por outro lado, empresas optantes pelo Lucro Presumido enfrentam uma carga tributária mais pesada, com alíquotas adicionais para INSS patronal, seguro de acidente de trabalho e outros encargos. Confira o cálculo abaixo:

  • Fração de férias: 11,11%
  • Fração do 13º salário: 8,33%;
  • INSS: 20%;
  • Seguro Acidente de Trabalho (SAT): 3%;
  • Salário Educação: 2,5%;
  • Incra/SENAI/SESI /SEBRAE: 3,3%;
  • FGTS: 8%;
  • FGTS (provisão mensal de multa para rescisão): 4%;
  • Previdenciário (férias, FGTS e Descanso Semanal Remunerado): 7,93%.

Assim, no caso do Lucro Presumido, 68,2% do dinheiro que é gasto pela empresa para custear um colaborador é convertido na forma de imposto.

Conclusão

O custo de um funcionário excede o salário-base para o qual está alocado. Frequentemente, o custo de manutenção do mesmo trabalhador pode ser o dobro do que ele recebe.

Assim, empregar um funcionário gera despesas e sua manutenção gera despesas ainda maiores. Se o seu negócio está crescendo, vale a pena investir para que o retorno seja rápido. Lembre-se sempre antes de planejar para evitar erros internos.

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