Saúde em risco: os perigos do trabalho excessivo

O termo em inglês é workaholic e pode prejudicar muito o trabalhador
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Quem está há algumas décadas no mercado de trabalho com certeza se recorda de um tempo em que as pessoas afirmavam com orgulho serem workaholics, termo em inglês para designar viciados em trabalho. O funcionário mais produtivo, e aparentemente mais feliz com o emprego, era aquele que chegava antes de todos e saia por último do escritório.

Com o aumento das doenças psiquiátricas relacionadas ao trabalho e com os novos tempos que exigem do mercado cada vez mais saber se adaptar, inovar e evoluir rapidamente, ser workaholic caiu em desuso. 

Equilibrar a vida profissional e pessoal, e com isso ter um cérebro oxigenado para criar tornaram-se necessidades e não novidades para as empresas. Afinal, como querer que um funcionário crie e inove se ele está com medo, pressionado, triste e estressado?

Excesso de sobrecarga

Embora muitas organizações já tenham entendido isso, a resolução dessa equação no dia a dia não é simples e tampouco está relacionada apenas à gestão do tempo. A produtividade e a felicidade no trabalho dependem de como olhamos e encaramos a rotina e os desafios do mundo corporativo. 

Uma dinâmica frequente e dolorosa que reacende a discussão sobre saúde mental.

O elevado risco de adoecimento mental entre os profissionais está intimamente relacionado a esse excesso de atividades laborativas e falta de consciência de que precisam parar, descansar, repousar e oxigenar a mente e o corpo de forma saudável para evitar um sofrimento psíquico, que estimula doenças físicas e mentais.

A dor e o vazio emocional oriundos do excesso de preocupação com questões rotineiras de trabalho, que levam a não conseguir separar vida pessoal e vida profissional, ativam gatilhos propícios a transtornos e neuroses, como a depressão, ansiedade generalizada, burnout, exaustão mental, entre outros.

Situação crítica que representa um risco dentre diversas profissões, entre elas: professores, bancários, contadores, profissionais da saúde, profissionais de marketing, garçons, seguranças, policiais e muitas outras.

 Ou seja, a falta de qualidade de vida, a negligência dos limites pessoais, o abuso do tempo diário de trabalho, a exposição a situações de estresse traumático e os excessos, são alguns dos fatores determinantes para o surgimento do adoecimento mental.

Conclusão

Os que prosperam no trabalho – e na vida – são os que olham para os problemas como desafios e que tratam com dedicação o que estão fazendo. O profissional insatisfeito, por sua vez, sente-se desmotivado a cada problema, com isso vem o desinteresse e o sentimento de incapacidade. 

Para ele, só existe motivação fazendo o que gosta e o que acredita. Mas a vida não é um conto de fadas e, agindo assim, um belo dia ele recebe a demissão ou se mantém estagnado por muito tempo.

É possível aumentar a produtividade das empresas, com funcionários felizes e prósperos, entendendo que a felicidade profissional não está nos fatores externos, na mudança do chefe ou no emprego novo, mas na forma como encaramos o trabalho.

As companhias preocupam-se muito com o comportamento de seus clientes, mas esquecem de se preocupar com o comportamento de seus funcionários, que são seu principal ativo! 

Trabalhar é muito bom: aprendemos, ensinamos, deixamos um legado e nos sentimos úteis, por isso é preciso incentivar a criação de culturas e ambientes assim! 

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