MDS descontinua benefício de candidatos eleitos nas eleições
O ministro Wellington Dias, responsável pela pasta, afirmou que os cancelamentos e as exclusões ocorrem em função da rendaO Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) irá descontinuar o Bolsa Família e o Auxílio Gás para os candidatos que forem eleitos nas eleições de 2024.
Essa nova diretriz foi divulgada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (17) e se estende também para famílias que tenham um membro eleito para cargo público.
No caso dessas famílias, elas ficarão impossibilitadas de participar dos programas durante todo o período em que o candidato estiver em seu mandato. A equipe de reportagem entrou em contato com o MDS para obter informações sobre a quantidade de casos dessa natureza identificados e está aguardando uma resposta.
Em uma entrevista realizada na quinta-feira (16), o ministro Wellington Dias, responsável pela pasta, afirmou que os cancelamentos e as exclusões ocorrem em função da renda e não devido ao emprego. Para que uma família tenha acesso ao Bolsa Família, a principal condição é que a renda mensal de cada membro da família não ultrapasse R$ 218.
Por exemplo, se apenas uma pessoa dentro de uma família recebe um salário mínimo (R$ 1.518) e essa família é composta por sete pessoas, a renda per capita seria de R$ 216,85. Como esse valor está abaixo do limite estabelecido de R$ 218, a família teria direito ao benefício.
O Auxílio Gás, que é concedido a cada dois meses, corresponde ao valor total do botijão de gás de cozinha (GLP) de 13 kg para cada residência beneficiária. Esse preço é baseado na média nacional do produto, conforme calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Bolsa Família
O Bolsa Família se destaca como o principal programa de assistência financeira no Brasil, reconhecido mundialmente por sua capacidade de ter retirado milhões de famílias da condição de fome. Recentemente, o Governo Federal reestruturou o programa, oferecendo maior proteção às famílias.
A nova abordagem de benefícios leva em conta não só o número de membros da família, mas também suas características; assim, famílias compostas por três ou mais pessoas receberão valores superiores aos de indivíduos que vivem sozinhos.