Taxa Selic de 6,2%: veja consequências para economia
As consequências para a economia em relação à mudança da taxa Selic não devem tardar e aparecer de muitas formas diferentes. A mudança ocorreu após reuniões da COPOM na última semana e já estão em vigor até mesmo nos rendimentos bancários: agora, a média dos CDBs e também dos tesouros Selic podem se basear na porcentagem de 6,2% (caso sejam de 100% do CDI). Como se pode observar, as maiores mudanças estão dentro da própria renda fixa, que conta com os investimentos mais conservadores.
Além dos maiores rendimentos, os bancos também conseguem mais retorno através dos juros, visto que eles aumentam para empréstimos e financiamentos de todos os tipos, assim como créditos e juros rotativos.
A mudança na taxa Selic está ocorrendo principalmente em virtude do aumento expressivo da inflação brasileira que teve o seu acumulado em agosto na faixa de 9,6%. Isso acontece porque tem muito dinheiro em circulação, logo, os preços também aumentam. A Selic foi encontrada como uma forma de realizar esse tipo de controle, logo, o objetivo é diminuir o IPCA e os preços ao consumidor.
O portal do Me Poupe, publicou recentemente um vídeo que é “cirúrgico” que explica de forma simples e objetiva o que é a inflação e porquê ela vem afetando ainda mais aos pobres. Se alguém tem 10 salários mínimos, ainda consegue tranquilamente pagar o aluguel assim como uma classe baixa e comprar a comida. No entanto, aqueles que recebem apenas um salário mínimo, perderam cerca de R$ 62 de poder de compra desde o início do ano. Logo, o reajuste mínimo deveria ir para R$ 1162 em setembro para que o dinheiro continue com o mesmo valor. Com R$ 62, era possível, antes disso, comprar cerca de 3 sacos de arroz de 5 KG.
O dólar também foi impactado com as mudanças da taxa Selic e foi para uma média de R$ 5,33 novamente no início desta semana.