Salário mínimo deve chegar a R$ 1.636,40 em 2026

Seguindo a regra assinada por Lula, que é válida entre 2025 e 2030, o teto de reajuste do salário mínimo é de 2,5% sobre a inflação
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De acordo com a nova norma que limita a correção do salário mínimo a um aumento de 2,5% além da inflação vigente, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no final do ano passado, o salário mínimo deverá ser ajustado para R$ 1.636,40 em 2026, conforme os cálculos de Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.

Para realizar essa estimativa, Salto utilizou um Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que é o índice oficial para o ajuste do salário mínimo, projetando uma taxa de 5,3% no acumulado dos últimos 12 meses até novembro, juntamente com uma variação real de 2,5%.

Na terça-feira, dia 15, o governo Lula enviará ao Congresso Nacional a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2026, onde será apresentada a proposta oficial para o valor do salário mínimo no próximo ano.

Seguindo a regra assinada por Lula, que é válida entre 2025 e 2030, o teto de reajuste do salário mínimo é de 2,5% sobre a inflação. Com isso, para 2026, a economia prevista nas contas públicas, considerando essa nova limitação, é de R$ 5,5 bilhões.

Antes de 2024, o ajuste era feito com base na inflação dos últimos 12 meses, além da variação real que estava atrelada ao PIB desatualizado em dois anos. Se essa metodologia ainda estivesse em vigor, a taxa real de reajuste seria de 3,4%, ao invés dos atuais 2,5%.

De acordo com os cálculos da Warren, mantendo a mesma projeção de inflação de 5,3% até novembro, o salário mínimo em 2026 seria inferior em R$ 13,66.

Confira a nova diretriz

A nova disposição para o reajuste, sancionada em dezembro de 2024, visa alinhar o aumento do salário mínimo aos limites estabelecidos pelo novo sistema fiscal. Assim, a expectativa é que o salário mínimo cresça entre 0,6% e 2,5% anualmente acima da inflação.

A legislação sobre o salário mínimo foi aprovada pelo Congresso no último dia do ano legislativo e deverá resultar em uma economia de R$ 15,3 bilhões ao longo dos próximos cinco anos.

Conforme estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias, cada aumento de R$ 1 no salário mínimo acarreta um incremento nos gastos de R$ 392 milhões, principalmente devido à Previdência Social e a benefícios associados ao salário mínimo, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

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