Fila do INSS vai andar? governo propõe novo bônus para acelerar processo

Estima-se que mais de 1 milhão de pessoas de todas as regiões do país estejam neste momento na fila de espera do INSS
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A fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que tira o sono de milhares de brasileiros, pode estar prestes a andar. O governo federal lançou um novo programa como mais uma tentativa de atenuar o problema.

Em resumo, a ideia é acelerar a análise de benefícios e encurtar o tempo de espera para quem depende do INSS. Para isso, servidores e peritos médicos federais terão um empurrãozinho a mais no bolso.

O que é o empurrãozinho?

Publicada em edição extra do Diário Oficial da União na última terça-feira (15), a Medida Provisória (MP) 1.296/2025 cria o Programa de Gerenciamento de Benefícios do INSS e da Perícia Médica Federal.

O foco da MP é justamente a revisão de processos previdenciários e assistenciais. A ideia é simples: produtividade premiada.

Como o programa do INSS vai funcionar na prática? 

Segundo a MP publicada, a proposta do governo, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, prevê uma força-tarefa formada por:

Em regra geral, esses profissionais vão atuar juntos para revisar benefícios atrasados, tanto os que estão parados por decisões judiciais quanto por questões administrativas.

O programa também inclui:

  • Avaliações sociais do Benefício de Prestação Continuada (BPC)
  • Perícias médicas em regiões sem atendimento regular ou com fila superior a 30 dias
  • Análises documentais realizadas fora do horário de expediente

E o bônus do INSS

Para tentar fazer com que esse processo ocorra de maneira mais rápida, a MP institui pagamentos extras por produtividade:

  • R$ 68 por tarefa para servidores do INSS
  • R$ 75 por tarefa para peritos médicos federais

Mas é preciso deixar claro que esse dinheiro não entra no salário do servidor, não vale para aposentadoria, e não pode ser acumulado com outros adicionais. 

A participação é voluntária, mas o profissional precisa cumprir metas mínimas e manter o atendimento regular em dia para seguir recebendo o bônus.

Os detalhes sobre o programa

A nova MP indica que a duração inicial do programa é de 12 meses, com possibilidade de prorrogação até dezembro de 2026.

A execução, no entanto, depende de recursos previstos na Lei Orçamentária Anual e na LDO.

O INSS será o responsável por repassar os valores, conforme o limite do orçamento disponível.

Por se tratar de uma MP, ela já tem força de lei assim que é publicada. Mas caso não seja aprovada pelo congresso nacional em um período de até 120 dias, ela caduca, e passa a não ter mais validade.

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