Organização criminosa desvia R$ 2 bilhões de contas do FGTS

O grupo tinha como alvo principal os usuários do aplicativo Caixa Tem e contava com a colaboração de empregados da própria Caixa
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Por um período de cinco anos, uma organização criminosa focada em fraudes digitais conseguiu desviar aproximadamente R$ 2 bilhões de contas relacionadas ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), seguro-desemprego e outras iniciativas sociais.

O grupo tinha como alvo principal os usuários do aplicativo Caixa Tem e contava com a colaboração de empregados da própria Caixa Econômica Federal. Essa informação foi compartilhada pelo programa ‘Fantástico’, da TV Globo.

A investigação conduzida pela Polícia Federal revelou que os criminosos obtinham acesso a dados de milhares de brasileiros que recebiam benefícios sociais e, com a ajuda dos funcionários da Caixa, invadiam contas para fazer transferências ilegais.

Conforme relatado na matéria, os golpistas funcionavam de maneira sistemática, utilizando softwares que permitiam acessar o aplicativo várias vezes ao dia. Como as quantias desviadas de cada conta eram baixas, os roubos passaram despercebidos por um período.

Os servidores envolvidos na fraude compartilhavam informações confidenciais e, em certos casos, chegavam a efetuar saques sob ordem da quadrilha. O golpe se iniciava com a coleta em massa de CPFs.

Em seguida, os criminosos identificavam pessoas com benefícios ativos e contavam com a ajuda dos empregados da Caixa para alterar informações cadastrais, o que facilitava o acesso às contas.

Delegado envolvido no caso

De acordo com o delegado Pedro Bloomfield Gama Silva, da Polícia Federal no Rio de Janeiro, há evidências de que quadrilhas semelhantes estão atuando em diversas regiões do país.

“Estamos implementando mais sistemas, tanto de biometria quanto de monitoramento via inteligência artificial, para que a gente possa chegar ao menor número possível de fraudes”, afirmou ele ao Fantástico.

A Caixa Econômica Federal confirmou que houve desvios, mas assegurou que as quantias foram ressarcidas aos beneficiários. A instituição recomenda que, ao suspeitar de um golpe, os clientes se dirijam a uma agência ou entrem em contato pelo telefone 0800 726 0101.

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