domingo,
19 de outubro de 2025

Salário mínimo de 2025 tem aumento limitado: veja o valor aprovado

Reajuste do salário mínimo é de R$ 106, mas novo cálculo impediu aumento maior mesmo com PIB acima de 3%

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O salário mínimo nacional em 2025 já está definido. Com um reajuste de R$ 106 em relação ao valor anterior, o novo piso representa uma alta de 7,5%, superando a inflação do período. 

No entanto, mesmo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 3%, o aumento foi freado por regras de controle de gastos aprovadas no final de 2024.

Qual é o valor do salário mínimo para 2025? 

De acordo com as informações oficiais, o novo salário mínimo passou a ser de R$ 1.502. 

Esse montante está R$ 106 acima do valor anterior, o que equivale a um aumento de 7,5%. Apesar de parecer expressivo, o percentual poderia ter sido maior se ainda estivesse em vigor a fórmula anterior de cálculo.

Como o salário mínimo era calculado antes? 

Até 2024, o reajuste do mínimo levava em conta dois fatores:

Com base nessa metodologia, o salário mínimo em 2025 teria sido de R$ 1.525.

O que mudou com a nova regra? 

O novo modelo de cálculo impõe um teto para o crescimento das despesas públicas, estabelecendo o limite de 2,5% mesmo que o PIB cresça mais do que isso. 

Na prática, ainda que o Produto Interno Bruto tenha avançado 3,2%, apenas os 2,5% foram considerados no reajuste do piso nacional.

Essa limitação faz parte das medidas de responsabilidade fiscal aprovadas no final de 2024, com o objetivo de conter o avanço dos gastos públicos.

Por que o reajuste impacta a vida de milhões de pessoas? 

O valor do salário mínimo influencia diretamente:

Diante desse impacto, o governo optou por um reajuste moderado, visando manter o equilíbrio das contas públicas num momento em que o foco está no controle fiscal.

Pressão do mercado

Nos bastidores do governo, cresce a pressão de setores econômicos para que os benefícios previdenciários deixem de ser atrelados ao salário mínimo. 

A principal justificativa é o impacto fiscal gerado a cada reajuste: qualquer aumento no piso nacional eleva automaticamente os valores pagos pelo INSS, ampliando os gastos da União. 

Apesar de a proposta enfrentar resistência por parte de entidades sindicais e de aposentados, a discussão voltou à pauta em meio ao esforço do governo para conter despesas obrigatórias e equilibrar as contas públicas.

Mas ao menos até este momento, o governo federal vem indicando que não vai querer mexer nessa área, para não prejudicar os aposentados do país.

Aécio de Paula
Aécio de Paula
Jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e pós-graduado em Direitos Humanos pela mesma instituição. Atua na produção, edição e apuração de conteúdos sobre política, economia, sociedade e cultura, com experiência em redações e portais de notícia.

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