Desemprego despenca no Brasil e atinge menor nível da história, segundo IBGE
A taxa de desemprego caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, marcando o menor índice já registrado no paísA taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, de acordo com a PNAD Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se do menor índice desde o início da série histórica, iniciada em 2012.
O número representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (7%). Na comparação com o mesmo período de 2024, o recuo foi de 1,1 ponto.
Números do desemprego e da ocupação no Brasil
- Desempregados: 6,3 milhões de brasileiros estão sem trabalho: uma queda de 17,4% no trimestre.
- População ocupada: 102,3 milhões de pessoas, novo recorde histórico.
Sobre o nível de ocupação
Atualmente, 58,8% da população em idade ativa (14 anos ou mais) está trabalhando no país. O aumento foi de 0,69 p.p. frente ao trimestre anterior e 1 p.p. na comparação com 2024.
O número de empregados com carteira assinada chegou a 39 milhões, o maior valor já registrado.
- Crescimento trimestral: +0,9%
- Crescimento anual: +3,7% (1,4 milhão de trabalhadores a mais)
Já os sem carteira assinada somam 13,5 milhões, com alta de 2,6% no trimestre.
Veja abaixo, os destaques:
- Taxa de desemprego: 5,8%
- População ocupada: 102,3 milhões
- População desocupada: 6,3 milhões
- Trabalhadores informais: 38,7 milhões (taxa de informalidade: 37,8%)
- Trabalhadores por conta própria: 25,8 milhões
- Empregados no setor público: 12,8 milhões
E o rendimento?
O rendimento médio real atingiu R$ 3.477, o maior valor da série histórica.
- Alta de 1,1% no trimestre
- Crescimento de 3,3% em relação a 2024
A massa de rendimento também bateu recorde: R$ 351,2 bilhões, alta de 2,9% no trimestre.
O número de pessoas fora da força de trabalho está em 65,5 milhões, estável em relação aos trimestres anterior e de 2024.
Esse grupo inclui aposentados, estudantes, donas de casa e os desalentados, que agora somam 2,8 milhões, número 14% menor que no ano passado.
Por que informalidade ainda preocupa
Apesar da forte redução na taxa de desemprego, os dados mostram que a informalidade ainda é um obstáculo significativo para o mercado de trabalho no Brasil.
Atualmente, 37,8% da população ocupada atua em condições informais, o que representa cerca de 38,7 milhões de pessoas.
Isso inclui trabalhadores sem carteira assinada, empregadores informais e profissionais por conta própria sem registro.
A alta taxa de informalidade pode indicar dificuldades no acesso a empregos com direitos garantidos, como férias remuneradas, 13º salário e contribuição ao INSS.
Mesmo com a criação de vagas formais e recordes de trabalhadores com carteira assinada, a precarização ainda afeta grande parte da força de trabalho.
Especialistas destacam que reduzir o desemprego é importante, mas o próximo passo precisa ser o fortalecimento da formalização e da proteção social em todo o país.