Projeção do salário mínimo em 2026 chega a R$ 1.630,00

O salário mínimo está em R$ 1.518,00, e o novo valor considera um crescimento projetado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 2026
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Em 2026, espera-se que o salário mínimo aumente para R$ 1.630,00, conforme indicado na projeção apresentada pelo governo federal no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o ano seguinte.

Este montante representa o maior aumento real dos últimos cinquenta anos, de acordo com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que esteve presente em uma audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO) nesta semana.

Atualmente, o salário mínimo está definido em R$ 1.518,00, e o novo valor considera um crescimento projetado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5% para 2026, assim como a política contínua de valorização do salário mínimo, a qual leva em consideração a inflação e o crescimento econômico.

Durante sua apresentação da LDO, Tebet sublinhou que 2026 será um ano repleto de desafios, mas que as metas fiscais apresentadas são realistas e atingíveis.

Entre essas metas, destaca-se o compromisso do governo em alcançar um superávit primário de R$ 34,3 bilhões, equivalente a 0,25% do PIB, além de cumprir as diretrizes do novo arcabouço fiscal, que substitui o antigo teto de gastos.

O documento apresentado indica que o governo projeta receitas primárias para o ano de R$ 3,197 trilhões e despesas primárias de R$ 2,593 trilhões. A maior parte dos gastos será direcionada a despesas obrigatórias, como salários, aposentadorias e transferências para estados e municípios, totalizando R$ 2,385 trilhões.

Por outro lado, as despesas discricionárias, que são aquelas que o governo pode decidir realizar ou não, estão limitadas a R$ 208 bilhões.

Tebet alertou sobre o aperto nas despesas discricionárias em relação às obrigações legais do orçamento.

“As receitas não estão superestimadas e as despesas não estão subestimadas. Os cálculos estão muito bem assentados em evidências”, declarou a ministra, enfatizando a importância de se manter um equilíbrio fiscal mesmo em um ano de eleições.

No que diz respeito à correção do salário mínimo, o governo também pretende adotar medidas para aumentar a arrecadação sem onerar a população com novos impostos. Tebet defendeu uma revisão nos chamados “gastos tributários”, que se referem a isenções concedidas a setores específicos.

Segundo ela, um corte de apenas 5% nesses benefícios poderia gerar um incremento de R$ 20 bilhões na arrecadação federal.

Além disso, a ministra mencionou um projeto que ampliaria a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, enquanto ao mesmo tempo aumentaria a carga tributária para aqueles que ganham mais de R$ 100 mil, como parte de uma estratégia para promover mais justiça tributária.

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