INSS tem recorde de déficit
Esse é o maior valor já registrado para um primeiro semestre na história, superando até mesmo o ano de 2020Nos primeiros seis meses do ano, o déficit da Previdência Social ultrapassou R$ 200 bilhões.
Esse montante diz respeito ao RGPS (Regime Geral da Previdência Social), que abrange aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Esse é o maior valor já registrado para um primeiro semestre na história, superando até mesmo o ano de 2020, que foi marcado pela pandemia de Covid-19.
Quando comparado ao mesmo semestre de 2024, houve um leve aumento de 3%, com o valor passando de R$ 198,2 bilhões para R$ 203,6 bilhões. Os dados são provenientes do Boletim Estatístico da Previdência Social.
Esse crescimento no déficit foi atribuído à diminuição da arrecadação e ao acréscimo das despesas, que incluem a concessão de novas aposentadorias e pensões, além da antecipação do 13º salário do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), pago em abril e maio.
A situação da Previdência tem gerado discussões, com especialistas ressaltando a necessidade de reformas para corrigir o descompasso entre receitas e gastos.
O rombo nas contas do INSS
Com o aumento das contas públicas, o governo enfrenta pressão para implementar cortes de despesas, a fim de manter o equilíbrio fiscal.
Saiba mais sobre o déficit
As projeções do governo indicam que o déficit pode passar de aproximadamente 2,5% do PIB, o que temos hoje, para mais de 11,5% do PIB, o que representa um aumento que se aproxima de quatro vezes esse valor.
Além disso, tem sido observada uma queda na taxa de natalidade. Atualmente, a média é de 1,57 filhos por mulher no Brasil, enquanto a taxa necessária para a manutenção da população é de 2,1 filhos por mulher.
Um dos fatores que contribuem para o aumento das despesas previdenciárias são aspectos estruturais que, em parte, se originam de boas notícias: a população está vivendo mais, tornando-se capaz de atingir idades mais avançadas com saúde.
