Pedidos de seguro-desemprego disparam nos EUA e atingem maior nível desde 2021

Pedidos de seguro-desemprego nos EUA atingem o maior nível desde 2021, com 1,97 milhão de pessoas recebendo o benefício. Trump reage à desaceleração
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Os Estados Unidos registraram um novo alerta econômico: os pedidos de seguro-desemprego subiram ao maior patamar desde novembro de 2021. 

O aumento reforça os sinais de que o mercado de trabalho norte-americano está perdendo força, com mais trabalhadores enfrentando dificuldades para se recolocar.

Segundo dados do Departamento do Trabalho dos EUA (Bureau of Labor Statistics), o número de pessoas que continuam recebendo o benefício subiu em 38 mil, totalizando 1,97 milhão na semana encerrada em 26 de julho. 

O índice, conhecido como continuing claims, é um dos principais termômetros da situação do emprego no país.

Alta nos pedidos reforça desaceleração da economia

Os novos pedidos de seguro-desemprego aumentaram para 226 mil na última semana, número ligeiramente acima das previsões de economistas. 

Embora o resultado ainda seja considerado baixo para padrões históricos, ele indica uma redução no ritmo de contratações e mais dificuldade de reinserção no mercado.

Especialistas lembram que esses dados costumam ser voláteis, mas a média móvel de quatro semanas se manteve praticamente estável, um sinal de que o desaquecimento pode estar se consolidando.

Trump demite comissário e Fed pode reagir

A piora no cenário trabalhista provocou turbulência política. Após o relatório de julho mostrar uma queda maior que o previsto na criação de vagas, o presidente Donald Trump demitiu o comissário do Departamento do Trabalho. 

A decisão elevou as apostas de que o Federal Reserve (banco central americano) reduza os juros em sua próxima reunião, marcada para setembro.

Nos últimos meses, o ritmo de crescimento do emprego tem diminuído. Empresas estão mais cautelosas, reagindo às incertezas provocadas pelas políticas econômicas e pelas tarifas impostas por Trump a outros países.

Grandes empresas anunciam corte de vagas

Apesar de o número de demissões seguir relativamente contido, grandes companhias começaram a anunciar planos de redução de pessoal. Entre elas estão:

  • Merck, gigante do setor farmacêutico;
  • Intel, empresa referência em tecnologia;
  • Universidade de Stanford, que deve dispensar mais de 300 funcionários devido a cortes no financiamento federal.

Massachusetts e Texas foram os estados com os maiores aumentos nos pedidos iniciais de seguro-desemprego, segundo o relatório oficial.

Produtividade mostra leve recuperação

Nem tudo é sinal de retração. Outro levantamento divulgado recentemente apontou que a produtividade do trabalho nos EUA voltou a crescer no segundo trimestre, acompanhando o desempenho da economia.

Esse movimento ajuda a conter pressões inflacionárias salariais e reduz a necessidade de novas altas de juros.

Entenda impacto para o Brasil

Os números do seguro-desemprego nos EUA também interessam aos brasileiros. Isso porque o mercado de trabalho norte-americano influencia diretamente o câmbio, os investimentos estrangeiros e o preço das commodities exportadas pelo Brasil. 

Quando há sinais de desaceleração na economia dos Estados Unidos, o dólar tende a oscilar e investidores buscam mercados emergentes como alternativa. 

Além disso, mudanças nas taxas de juros do Federal Reserve afetam as decisões do Banco Central brasileiro, influenciando o custo do crédito, a inflação e até os preços nas prateleiras dos supermercados.

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